O Alcanenense entrou no estádio da Madeira disposto a tentar fazer uma surpresa e a ser um dos tomba-gigantes desta 3ª eliminatória da taça de Portugal, acabando mesmo por surpreender nos minutos iniciais ao jogar olhos nos olhos com o Nacional.

No entanto, a surpresa haveria de durar pouco tempo, já que na primeira vez que os pupilos de Manuel Machado se acercaram da baliza à guarda de Vítor acabariam mesmo por chegar ao golo, num lance de infelicidade de Wilson Paulo, que, na tentativa de cortar o cruzamento de Marçal, acabou por introduzir de cabeça o esférico na sua baliza.

O Alcanenense acusou o golo e o Nacional aproveitou para iniciar o avolumar do resultado. O flanco esquerdo alvi-negro era um autêntico quebra cabeças para a defensiva da equipa do Campeonato Nacional de Seniores, com Pedro Gil sempre em muitas dificuldades para travar Marco Matias, Marçal e Mário Rondon, sempre que este fugia para esse flanco por troca com Marco Matias. Cláudio não ajudava na defesa e Pedro Gil via-se constantemente envolvido numa luta inglória contra dois adversários, não sendo por isso de estranhar que os restantes três tentos dos da casa surgissem por esse flanco.

Rondon viria mesmo a aumentar a contagem à passagem do minuto 16, depois de uma excelente investida de Marçal pela ala esquerda, e, volvidos somente mais quatro minutos, seria a vez de João Aurélio fazer o gosto ao pé.

Com o jogo resolvido em vinte minutos, o Nacional tirou o pé do acelerador, mas nem por isso perdeu objectividade na procura de mais golos, conseguindo chegar aos quatro tentos sem resposta à passagem do minuto 38.

O Alcanenense ainda teve tempo para um prédio de consolação ao reduzir já em tempo de descontos da primeira parte por intermédio de Kevin, na transformação de uma grande penalidade, a castigar uma entrada mais desproporcionada de Campos.

Com a chegada da segunda metade, Manuel Machado mexeu na equipa e fez duas substituições de uma assentada, fazendo Lucas João (muito displicente na primeira metade) e Campos ficarem no balneário, e cedendo os seus lugares a Suk e Willyan.

As mexidas parecem ter surtido efeito na equipa que entrou muito pressionante e a mudar para a ala direita o seu lado preferencial de ataque, conseguindo somar mais dois tentos em apenas nove minutos, primeiro por Suk, ao minuto 50, a passe de Rondon e, depois, pelo próprio Mário Rondon, conseguindo bisar assim o venezuelano.

Até final, os madeirenses foram sempre muito superiores, ante um Alcanenense rendido ao desfecho da partida. No entanto, apesar de terem conseguido mais um grande número de oportunidades, os pupilos de Manuel Machado acabaram por não conseguir concretizar mais oportunidades.

FICHA DE JOGO
Árbitro: Luís Ferreira (AF Braga)
Assistentes: Rui Cidade e Nuno Oeiras
4.º Árbitro: Anzhony Rodrigues

NACIONAL - Gottardi; Campos (Willyan, 45), Zainadine, Miguel Rodrigues e Marçal; Boubacar, Saleh Gomaa e João Aurélio; Mário Rondon, Lucas João (Suk, 45) e Marco Matias (Reginaldo, 66)

ALCANENENSE - Vítor; Pedro Gil, Luan, Wilson Paulo e Renan; Filipe, Kelvin e Elton (Dhiego, 57); Cláudio (Bruno Braz, 68), Turé e Wemerson (Alfredo, 75)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Wemerson (19), Boubacar (36), Wilson Paulo (40), Campos (44), Suk (67) e Filipe (70)
Golos: Wilson Paulo (8m ag), Rondon (16 e 54), João Aurélio (20), Marco Matias (38), Kevin (45) e Suk (50).