A justiça da decisão de uma equipa de arbitragem, do vencedor de um jogo, o bate-boca constante.

São muitas as vezes em que os intervenientes do mundo do futebol observam de formas tão distintas uma só realidade.

Mas num aspecto estão habitualmente de acordo: que a festa da Taça no Jamor é diferente de tudo o resto. Que está carregada de misticismo, de magia. Que é vivida de forma diferente de qualquer outro dos milhares de jogos que se jogam por este país fora.

Neste sábado, a um dia do apito inicial do Benfica-V. Guimarães, já eram muitos os adeptos afetos ao clube da Luz acampados nos parques 3 e 2, junto à entrada norte do Jamor. Ambiente festivo, mesas abastadas (de comida e bebida) e cachecóis pendurados foi o que se encontrou numa zona já bem povoada, ainda com lugares por preencher mas já reservados com placas improvisadas com a identificação dos futuros habitantes temporários.

Bem diferente do cenário encontrado no parque 1, zona destinada aos adeptos vitorianos. Ambiente bem mais tranquilo, apenas com meia dúzia de roulotes, alguns automóveis e um acampamento (de dimensão considerável, diga-se) bem ao centro da mata, situação a que não é alheio, naturalmente, o facto de a grande maioria dos adeptos do V. Guimarães ter de fazer mais de 350 quilómetros para assistirem ao jogo.

Ainda assim, neste domingo é de prever um equilíbrio de forças, com a chegada de muitos autocarros da Cidade Berço.