Figura do jogo: Douglas
Estava para ser uma das figuras negativas e virou herói. A equipa transmontana gozou de uma eficácia assinalável, é verdade, mas o guardião dos vimaranenses foi sendo um pouco o que a restante equipa demonstrou em vários momentos do encontro: apática. Viu o remate de Perdigão ir para o fundo das redes e o livre de Bressan entrar sem que ninguém tocasse no esférico. No terceiro, viu Nuno André Coelho aparecer à sua frente e desviar o remate, sem que nunca conseguisse alguma oposição. Mas, apenas no final da vindima é que se lavam os cestos e perante uma grande penalidade que transformada daria a passagem ao Desp. Chaves, opôs-se ao remate de Braga e tornou-se decisivo.
Momento do jogo: penálti no minuto 90
Por um golo se ganha por um golo se perde. Após o 3-1 feito pelo Vitória de Guimarães, o Desportivo de Chaves precisava de um tento para estar no Jamor e acreditou de tal maneira que aos 90 minutos Davidson ganhou uma grande penalidade. No entanto, a vontade de estar na final era recíproca e Douglas evitou a eliminação da sua equipa ao defender o penalti.
Outros destaques
Bressan
Nem transparece ser um daqueles jogadores emotivos, mas o médio de origem brasileira mas naturalizado bielorrusso foi o motor e a alma da equipa. Sem medo de puxar pelo público, deixou sempre em sentido a defensiva vimaranense, através de bolas paradas e numa delas, aos 32 minutos, empatou a eliminatória com o 2-0. Serviu ainda Nuno André Coelho para o 3-0 e ainda assistiu Rafael Lopes para um golo que foi anulado.
Pedro Tiba
O outro homem do meio campo flaviense foi um verdadeiro “valente transmontano”. O ex-Sp. Braga esteve em todas, a atacar e a defender, recuperando bolas, soube sempre impor ritmo ao jogo da sua equipa, transportando a bola para o ataque.
Hurtado
Desde cedo uma seta apontada à equipa flaviense, talvez o único a fazer aquilo que Pedro Martins queria da sua equipa, explorando as costas da defensiva flaviense quando estes estavam balanceados para o ataque. Correu, acelerou o jogo, criou situações e tentou ele mesmo marcar.
Marega
Estava muito complicada a tarefa do Vitória em Chaves. Sem criar perigo constantemente, apesar do domínio na partida, uma bola parada fez toda a diferença quando a eliminatória já estava do lado flaviense. Marega estava no sitio certo, teve até duas tentativas consecutiva e após acertar no poste atirou para o fundo das redes, resolvendo a passagem à final da sua equipa. Um poço de energia que não se esgotou em Trás-os-Montes.