Em quinze minutos o Benfica estragou aquilo que parecia bem encaminhado. A equipa encarnada conseguiu marcar um golo logo no início da partida mas no último quarto de hora da primeira parte deitou tudo a perder, permitindo ao PSG dar a volta ao jogo e partir em vantagem para a segunda-mão.
Fernando Santos reservou surpresa e meia para esta partida. Tal como em Bucareste, Nuno Gomes ficou no banco de suplentes e cedeu o lugar no «onze» a Derlei. A outra alteração foi forçada, dada a indisposição que afectou Katsouranis e deu a titularidade a João Coimbra.
Ainda assim nos minutos iniciais o Benfica não pareceu muito afectado pelas mudanças. Logo aos oito minutos criou a primeira oportunidade, com um excelente passe de Simão a isolar Derlei, mas o avançado brasileiro foi desarmado «in extremis» por Sakho. Mas na jogada seguinte o Benfica chegaria à vantagem, desta vez com o capitão encarnado na pele de «matador», a marcar de cabeça após cruzamento de Nelson. Era um início de sonho para a equipa portuguesa, mas pouco depois viriam quinze minutos de pesadelo...
Que falta faz um xerife!
O minuto 32 foi fatídico para a formação portuguesa. Luisão ressentiu-se da lesão no joelho e cedeu o lugar ao estreante David Luiz. Fernando Santos pagou caro o facto de não ter dado alguns minutos ao reforço de Inverno na Vila das Aves. Aconteceu aquilo que é normal: a estreia acabou por acontecer num teste de fogo. A equipa foi contagiada pelo nervosismo do jovem internacional brasileiro e mudou completamente de figura. Nesse mesmo minuto 32 o PSG esteve por duas vezes perto de marcar. Primeiro num livre de Frau, depois num cabeceamento para a própria baliza de Derlei. Em ambas Quim foi obrigado a defesa apertada.
Mas três minutos depois o guarda-redes encarnado nada pode fazer para evitar o golo do empate. Pauleta recebeu a bola sobre a esquerda (deu a ideia de estar em posição irregular) e rematou em arco. David Luiz e Kalou tentaram chegar à bola mas não conseguiram, acabando por iludir Quim, uma vez que o esférico entrou directo na baliza. Nessa altura já era mais que evidente a desorientação da defesa encarnada, pelo que o segundo golo não tardou. Quatro minutos depois o PSG colocou-se em vantagem, com um golo de Frau, após excelente trabalho individual de Kalou.
Sem chama para reacender a partida
No segundo tempo o Benfica voltou a entrar melhor e logo aos 53 minutos esteve perto de empate, na sequência de um pontapé de canto. Derlei desviou ao primeiro poste e David Luiz surgiu solto a emendar mais trás, mas Mendy evitou o golo em cima da linha de baliza. Sete minutos depois nova oportunidade, com Simão a isolar Miccoli, que rematou ligeiramente ao lado.
Mas no lado oposto a defesa encarnada continuava a cometer erros e permitiu que Frau surgisse solto na área aos 66 minutos, tendo caído após disputa de bola com Léo, num lance em que o brasileiro parece empurrar o avançado pelas costas.
Fernando Santos ainda trocou Derlei (mais um jogo muito apagado) por Nuno Gomes, mas a equipa encarnada não conseguiu ser mais perigosa. O PSG, sem Pauleta (saiu aos 72m debaixo de fortes aplausos) conseguiu gerir a vantagem até final, sem grande sobressalto. O resultado não compromete o objectivo do Benfica de passar a eliminatória, mas o desfecho podia ter sido muito diferente.