*Por Lourenço Carvalho

João Mateus, treinador do GD Águias do Moradal, após a derrota (0x3) frente ao FC Paços de Ferreira em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal:

«Uma equipa de I Liga e que preparou o seu plantel para disputar a Liga Europa. Não é uma equipa de meio da tabela para baixo e, mesmo que fosse, era um mérito brutal deste grupo de trabalho. Claro que estamos satisfeitos com a réplica que demonstrámos, jogámos com as nossas armas e preparámos o jogo de maneira a tentar anular os possíveis pontos fortes do adversário. Como é natural, os momentos do jogo em que eles foram superiores é porque têm uma percepção do jogo três ou quatro segundos antes dos nossos jogadores, devido à competitividade que apanham todos os domingos e aos treinos. Nesses momentos, como seria expectável, tivemos dificuldades, mas deixámos uma boa imagem».

«Para a nossa época desportiva, este jogo não quer dizer nada. Sei perfeitamente que, ao nível que jogamos, são apresentadas mais condições adversas do que quando se joga com equipas da II ou da I Liga. É mais difícil, às vezes, jogar no nosso campeonato do que contra este tipo de equipas, porque vão aos duelos e aos choques de forma intensa, também se joga com os braços e empurra-se, faz-se golos com alguma malandrice. E quando podíamos fazer uma gracinha, é quando sofremos os dois golos. Podíamos ter feito o primeiro, sofremos logo a seguir. Quando podíamos fazer o empate, eles fizeram o segundo golo. Mesmo que marcássemos primeiro, era expectável que o Paços de Ferreira dominasse o jogo e acabassem também por marcar algum golo. Mas, possivelmente, íamos retardando esse golo o máximo possível, podíamos intranquilizar o adversário e, se calhar tinha ficado, 1x2 ou 1x1 e íamos a prolongamento e acabávamos por perder. É o momento que fica o amargo de boca por não termos feito um golo».