A Holanda ficou com o estatuto de grande candidata ao título mundial a partir do momento que goleou, na estreia, a campeã vigente por 5-2. Montada para contra-ataques rápidos, assentes na velocidade de Robben e Van Persie, e lançados pelo jogo cerebral de Sneijder, a seleção laranja mostrava-se feroz quando jogava na expetativa. No entanto, um Campeonato do Mundo não é feito apenas de Espanhas, Brasis, Argentinas, Franças e Alemanhas, há outras equipas que também pensam que é melhor esperar pelo rival do que encará-lo nos olhos e dividir a posse de bola. Austrália, Chile e México criaram muitos problemas ao conjunto de Louis van Gaal, que enfrentou duas reviravoltas até chegar agora a mais um embate decisivo, que vale novas meias-finais, com a grande surpresa Costa Rica. 

O conjunto orientado por Jorge Luís Pinto promete ser, em caso de novo sucesso holandês, a última vez neste Mundial que a Oranje vai ter construir a maior parte das suas jogadas desde a sua área ou meio-campo defensivo. Argentina ou mesmo a Bélgica na meia-final, ou Brasil, Colômbia, Alemanha ou França numa eventual final pensam o jogo de uma forma bem diferente do atual modelo holandês. Não deverá ser agora, portanto, que Van Gaal vai mudar de ideias, nem que seja temporariamente. O seu 3x4x1x2 (ou 3x5x2 se preferirem) foi pensado a partir do momento que Strootman, o homem que equilibrava a equipa defensiva e ofensivamente, se lesionou com gravidade, e o técnico acredita que é o mais indicado para o momento que vive a sua equipa. Ao provar que consegue mudá-lo com relativa facilidade em andamento, durante os encontros, com apenas uma substituição ou duas, o general deverá voltar ao mesmo ponto de partida que teve para os quatro encontros anteriores.

O onze inicial frente à Espanha, na primeira jornada do Grupo B:


Com a vitória a adivinhar-se, Louis van Gaal não tinha por que mudar o sistema tático que se superiorizava por completo ao jogo espanhol. O selecionador trocou De Gúzman por Wijnaldum aos 62 minutos, De Vrij por Veltman aos 77 e fez descansar Van Persie, ao substituí-lo por Lens aos 79. Nenhuma mudança estratégica, apenas a ambição de refrescar os três setores da equipa num encontro de grande intensidade. 
 
FICHA DE JOGO: Holanda (3x4x1x2) (vs Espanha) (V, 5-1) (Marcadores: Van Persie 2, Robben 2, De Vrij; Xabi Alonso) – Cillessen; De Vrij (Veltman, 77), Vlaar e Indi; Janmaat, De Gúzman (Wijnaldum, 62), De Jong e Blind; Sneijder; Van Persie (Lens, 79) e Robben  

No segundo jogo, frente à Austrália, a Laranja passou das transições rápidas para a necessidade de ter bola e Van Gaal foi obrigado a alterar a estratégia em andamento, aproveitando a lesão de Bruno Martins Indi muito perto do intervalo. O 3x4x1x2 foi desfeito com a entrada de mais uma unidade atacante, Depay, desenhando um 4x3x3 mais apropriado para a posse e para o ataque continuado. O triunfo não foi fácil, houve dupla reviravolta, mas acabaria por ser conquistado por 3-2.
 
Como começa frente à Austrália:

Como acaba:


FICHA DE JOGO: Holanda (3x4x1x2) (vs Austrália) (V, 3-2) (Marcadores: Robben, Van Persie e Depay; Jedinak e Cahill) – Cillessen; De Vrij, Vlaar e Indi (Depay, 45); Janmaat, De Gúzman (Wijnaldum, 80), De Jong e Blind; Sneijder; Van Persie (Lens, 87) e Robben 
 
No terceiro encontro, a Holanda, já classificada, tem pela frente o Chile e o que está em causa é a luta pelo primeiro lugar (e uma eventual fuga ao Brasil nos oitavos de final). A lesão de Indi na partida anterior leva o técnico a uma aposta surpreendente: Blind recua da posição de lateral-ofensivo para a de central do lado esquerdo e entra para o onze o veterano Kuyt. 
 
Apesar de o primeiro golo só ter chegado aos 77 minutos, Van Gaal leva o plano A até ao fim. À sua equipa bastava um empate para terminar em primeiro e o risco não era tão grande quanto isso. 
 
Como começa na terceira jornada, frente ao Chile:

Como acaba:


FICHA DE JOGO: Holanda (3x4x1x2) (vs Chile) (V, 2-0) (Marcadores: Depay e Fer) – Cillessen; De Vrij, Vlaar e Blind; Janmaat, Wijnaldum, De Jong e Kuyt (Kongolo, 89); Sneijder (Fer, 76); Lens (Depay, 69) e Robben

A Holanda volta a ter de virar um jogo (depois da Espanha e da Austrália, com o 2-1 para os Socceroos) nos oitavos de final frente ao México. A perder por 1-0 desde o golo de Giovanni dos Santos aos 49 minutos, Van Gaal tem de forçosamente tentar um esquema mais ofensivo. Kuyt que começa como lateral-esquerdo com ordem para avançar acaba a partida ao lado de Huntelaar, e com a entrada de Depay para o lugar de Verhaeg o 3x4x1x2 transforma-se num 4x2x4 bem apontado para a frente. A equipa começa a virar o jogo aos 88 minutos e apura-se para os quartos de final. 
 
Como começa:

Como acaba:


FICHA DE JOGO: Holanda (3x4x1x2) (vs México) (V, 2-1) (Marcadores: Sneijder e Huntelaar; Giovanni) – Cillessen; De Vrij, Vlaar e Blind; Verhaegh (Depay, 56), Wijnaldum, De Jong (Martins Indi, 9) e Kuyt; Sneijder; Robben e Van Persie (Huntelaar, 76) 
 
O próximo embate da Laranja é a Costa Rica, que voltará, muito provavelmente, a entregar a posse de bola aos homens de Van Gaal. Não é de acreditar que o selecionador mude agora a forma como se tem apresentado em campo desde o início deste Campeonato do Mundo, uma vez que o esquema, composto por jogadores que cumprem muito bem em várias posições diferentes, é suficientemente elástico não só para empurrar a equipa para a frente como também para arriscar a mudança de filosofia: de uma seleção à procura do erro e dos desequilíbrios que daí derivam para outra capaz de construir esses mesmos desequilíbrios com a posse da bola.

O 4x2x3x1 continua na moda 
 
O
duplo-pivot, ou a presença de dois médios de maior contenção, atrás de quatro jogadores mais ofensivos continua a fazer escola. Vinte das 32 seleções presentes no Campeonato do Mundo usaram pelo menos uma vez esse esquema tático, com o Brasil de Luiz Felipe Scolari, a Croácia, a Austrália, a Costa do Marfim, o Japão, a Inglaterra, a Suíça, a Nigéria, o Irão, o Gana, a Rússia e a Coreia do Sul a utilizarem-no em todos os jogos. 
 
O 4x3x3 (França, Alemanha, Portugal, Bélgica e, por uma vez, a Grécia) e o 4x4x2 (Equador, Honduras, em duas ocasiões a Colômbia, e os Estados Unidos e o Uruguai, ambos por uma vez) vêm logo atrás nas preferências dos selecionadores. Se juntarmos o 4x1x4x1 ao 4x5x1 ligeiramente menos ofensivo temos outras cinco seleções a optar por estas variantes em algum momento do seu percurso no Brasil (Camarões, em dois jogos a Itália e num encontro Argélia, Estados Unidos e Grécia). 
 
Curiosamente, os esquemas em losango já não têm muitos seguidores. Quatro seleções usaram-nos sem grande continuidade: Argentina, duas vezes, Uruguai, Chile e Bósnia numa ocasião. 
 
O México foi fiel ao 5x3x2 tanto como a Costa Rica ao 5x4x1. Não quiseram outra coisa. O Uruguai, por duas vezes, e a Argentina, por uma vez e durante 45 minutos apenas, também experimentaram o primeiro esquema. A Holanda, como já se disse, começou todas as partidas em 3x4x1x2 e os bons resultados poderão ter convencido Chile (três em quatro jogos) e a Itália (um em três). 
 
A Argentina que só convence Sabella 
 
Alejandro Sabella já experimentou três esquemas, e embora o último, frente à Suíça, tenha sido condicionado pela ausência, por lesão, de Agüero, as críticas continuam. O selecionador argentino continua com muitos problemas na construção de jogo e remete Enzo Pérez, talvez o jogador com melhor perfil para esse momento do jogo, ao esquecimento. 
 
Com as alterações que tem feito, o técnico denuncia que acredita que o problema dos primeiros 45 minutos com a Bósnia estavam centrados na qualidade do passe no miolo (Gago recuperou o lugar no onze e de lá não saiu) e a falta de uma unidade na frente (Higuaín tinha começado no banco na estreia). Mas a verdade é que a Argentina tem ganho muito pelo que Di María e Messi conseguem em determinados momentos.
Do 5x3x2, Sabella passou ao losango muito esticado na vertical por Léo Méssi e, na última partida, para um 4x2x3x1 que colocou Lavezzi num dos flancos. As críticas prosseguem. 
 
O infame 5x3x2 (chamado Argentinaccio):


FICHA DE JOGO: Argentina (5x3x2) (vs Bósnia) (V, 2-1) (Marcadores: Kolasinac pb e Messi; Ibisevic) – Romero; Zabaleta, Campagnaro (Higuaín, 46), Federico Fernández, Garay e Rojo; Mascherano, Maxi Rodríguez (Gago, 46) e Di María; Messi e Agüero (Biglia, 87) 
 
O 4x4x2 losango com Irão e Nigéria:

FICHA DE JOGO: Argentina (4x1x2x1x2, losango) (vs Irão) (V, 1-0) (Marcador: Messi) – Romero; Zabaleta, Federico Fernández, Garay e Rojo; Mascherano; Gago e Di María (Biglia, 90); Messi; Higuaín (Lavezzi, 77) e Agüero (Palacio, 77)

FICHA DE JOGO: Argentina (4x1x2x1x2, losango) (vs Nigéria) (V, 3-2) (Marcadores: Messi 2 e Rojo; Musa 2) – Romero; Zabaleta, Federico Fernández, Garay e Rojo; Mascherano; Gago e Di María; Messi (Ricardo Alvárez, 63); Higuaín (Biglia, 90) e Agüero (Lavezzi, 38)

O 4x2x3x1 com a Suíça:


FICHA DE JOGO: Argentina (4x2x3x1) (vs Suíça) (V, 1-0 ap) (Marcador: Di María) - Romero; Zabaleta, Federico Fernández, Garay e Rojo (Basanta, 105); Mascherano e Gago (Biglia, 106); Lavezzi (Palacio, 74), Messi e Di María; Higuaín 
 
O Brasil sem unhas para a guitarra 
 
Apesar das críticas e das exibições sofríveis, que tiveram como cúmulo o apuramento nos penáltis frente ao Chile, Luiz Felipe Scolari não abdica dos seus princípios. As variantes ao onze-tipo que se vê em baixo prendem-se com a dificuldade em encontrar o melhor jogador para estar ao lado de Luiz Gustavo no duplo-pivot. Paulinho, Fernandinho e até Ramires lutam pela posição, e parece não haver consenso. 
 
O ataque tem tido apenas mudanças pontuais, com Ramires no lugar de Hulk, Óscar e Neymar a dividirem-se entre o eixo e os flancos e Fred a dar lugar a Jô quando as coisas estão a correr mal. Bernard e Willian têm também alguns minutos, mas pouco mais do que isso. 
 
Até prova em contrário, o «Escrete» não tem as melhores unidades para jogar no sistema, refletindo-se logo no meio-campo com a matéria-prima que existe para criar o duplo-pivot. O ataque é explosivo, mas os brasileiros bem que gostariam que Fred ou mesmo Jô fossem último recurso para a posição 9. 

Onze-tipo do Brasil:  


FICHA DE JOGO: Brasil (4x2x3x1) (vs Croácia) (V, 3-1) (Marcadores: Oscar, Neymar 2; Marcelo pb) – Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho (Hernanes, 63) e Luiz Gustavo; Hulk (Bernard, 68), Óscar e Neymar (Ramires, 87); Fred 
 
FICHA DE JOGO: Brasil (4x2x3x1) (vs México) (E, 0-0) (-) – Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho e Luiz Gustavo; Ramires (Bernard, 46), Neymar e Oscar (Willian, 83); Fred (Jô, 68)

FICHA DE JOGO: Brasil (4x2x3x1) (vs Camarões) (V, 4-1) (Marcadores: Neymar 2, Fred e Fernandinho; Matip) – Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho (Fernandinho, 46) e Luiz Gustavo; Hulk (Ramires, 63), Óscar e Neymar (Willian, 72); Fred 
 
FICHA DE JOGO: Brasil (4x2x3x1) (vs Chile) (1-1, 3-2 gp) (Marcadores: Jara pb; Alexis Sánchez) – Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho (Ramires, 72) e Luiz Gustavo; Hulk, Óscar (Willian, 107) e Neymar; Fred (Jô, 64)


A elegância do 4x3x3 francês e alemão 
 
Dois dos mais fortes candidatos ao título, Alemanha e França chegaram ao Campeonato do Mundo sem qualquer dúvida. O seu futebol assenta num 4x3x3 com ideias muito próprias, e o esquema foi mantido religiosamente nos quatro jogos em que já participaram. 
 
Em Müller está um falso 9. O avançado definiu-se a si próprio, no passado, como um «intérprete do espaço». Ou seja, alguém que os persegue para daí tirar o maior benefício, seja na finalização ou nas assistências. A sua movimentação arrasta os defesas e, quando é necessário, aparece sempre no sítio certo, revelando um sentido de posicionamento que lhe é precoce, desde os tempos de Van Gaal no Bayern Munique. 
 
O meio-campo é de trabalho, com Lahm, Khedira, Kroos e, às vezes, Schweinsteiger. Na frente, dois números dez talentosos jogam nos flancos para criar desequilíbrios com movimentações para o centro. É uma das razões que dá a preferência a Müller, muito mais participativo, sobre Klose, finalizador puro, no onze inicial.

Onze-tipo da Alemanha: 


FICHA DE JOGO: Alemanha (4x3x3) (vs Portugal) (V, 4-0) (Marcadores: Müller 3, Hummels) – Neuer; Boateng, Mertesacker, Hummels (Mustafi, 73) e Höwedes; Khedira, Lahm e Kroos; Özil (Schürrle, 62), Müller (Podolski, 80) e Götze

FICHA DE JOGO: Alemanha (4x3x3) (vs Gana) (E, 2-2) (Marcadores: Klose e Götze; André Ayew e Gyan) – Neuer; Boateng (Mustafi, 46), Mertesacker, Hummels e Höwedes; Khedira (Schweinsteiger, 70), Lahm e Kroos; Özil, Müller e Götze (Klose, 69)

FICHA DE JOGO: Alemanha (4x3x3) (vs Estados Unidos) (V, 1-0) (Marcador: Müller) – Neuer; Boateng, Mertesacker, Hummels e Höwedes; Schweinsteiger (Götze, 76), Lahm e Kroos; Özil (Schürrle, 88), Müller e Podolski (Klose, 46)

FICHA DE JOGO: Alemanha (4x3x3) (vs Argélia) (V, 2-1 ap) (Marcadores: Schürrle e Özil; Djabou) – Neuer; Mustafi (Khedira, 70), Mertesacker, Boateng e Höwedes; Schweinsteiger (Kramer, 109), Lahm e Kroos; Özil, Müller e Götze (Schurrle, 46)

Nos Bleus, o meio-campo tem muito talento ou não estivesse lá Pogba. Três jogadores muito diferentes, com Cabaye a ser o vértice, e Matuidi um dos pontos de equilíbrio pelo que acrescenta defensiva e ofensivamente. Griezmann é a novidade, um jovem talentoso que parte muitas vezes do flanco esquerdo para o meio, e Valbuena a garantia de que a equipa também procura as linhas. Benzema é o 9, também muito completo, e um elemento muito importante para fazer funcionar as transições rápidas face à forma como consegue segurar a bola e servir os companheiros ou, quando isso não é com ele, aparecer rápido na área para finalizar. 

O onze-tipo francês:   


FICHA DE JOGO: França (4x3x3) (vs Honduras) (V, 3-0) (Marcadores: Benzema 2, Valladares pb) – Lloris; Debuchy,Varane, Sakho e Evra; Pogba (SIssokho, 57), Cabaye (Mavuba, 65) e Matuidi; Valbuena (Giroud, 78), Benzema e Griezmann

FICHA DE JOGO: França (4x3x3) (vs Suíça) (V, 5-2) (Marcadores: Dzemaili e Xhaka; Giroud, Matuidi, Valbuena, Benzema e Sissoko) – Lloris; Debuchy, Varane, Sakho (Koscielny, 66) e Evra; Sissoko, Cabaye e Matuidi; Valbuena (Griezmann, 82), Giroud (Pogba, 63) e Benzema

FICHA DE JOGO: França (4x3x3) (vs Equador) (E, 0-0) (-) – Lloris; Sagna, Koscielny, Sakho (Varane, 61) e Digne; Pogba, Schneiderlin e Matuidi (Giroud, 67); Sissoko, Benzema e Griezmann (Rémy, 79)

FICHA DE JOGO: França (4x3x3) (vs Nigéria (V, 2-0) (Marcadores: Pogba e Yobo pb) – Lloris; Debuchy, Varane, Koscielny e Evra; Pogba, Cabaye e Matuidi; Valbuena (Sissoko, 90), Giroud (Griezmann, 62) e Benzema

A explosão do 4x2x3x1 belga e a arte cafetera em 4x4x2 
 
Dois esquemas parecidos no início, com um deles, face aos nomes que compõem o onze, mais dotado para futebol continuado (Colômbia) e outro capaz de ferir com mais gravidade nas transições rápidas defesa-ataque (Bélgica). 
 
Os cafeteros começaram o Mundial num 4x2x3x1 (e daí as parencenças com o 4x2x3x1 belga), mas Pekerman terá ficado convencido com o 4x4x2 na goleada ao Japão, na última jornada da fase de grupos. Com a Colômbia já qualificada, James entrou ao intervalo para o lugar de Quintero e ajudou a destroçar a defesa nipónica, para depois, de início, surgir entre as linhas do Uruguai, a partir novamente da esquerda, garantindo a qualificação para os quartos de final frente. 

O onze-tipo da Colômbia:   


FICHA DE JOGO: Colômbia (4x2x3x1) (vs Grécia) (V, 3-0) (Marcadores: Armero, Téo Gutiérrez e James) – Ospina; Zuñiga, Zapata, Yepes e Armero (Arias, 74); Aguilar (Mejia, 69) e Sánchez; Cuadrado, James e Ibarbo; Téo Gutiérrez (Jackson, 76)

FICHA DE JOGO: Colômbia (4x2x3x1) (vs Costa do Marfim) (V, 2-1) (Marcadores: Quintero e James; Gervinho) – Ospina; Zuñiga, Zapata, Yepes e Armero (Arias, 72); Aguilar (Mejía, 78) e Sánchez; Cuadrado, James e Ibarbo (Quintero, 54); Téo Gutiérrez

FICHA DE JOGO: Colômbia (4x4x2) (vs Japão) (V, 4-1) (Marcadores: Cuadrado, Jackson 2 e James; Okazaki) – Ospina (Mondragón, 85); Arias, Valdés, Balanta e Armero; Cuadrado (Carbonero, 46), Mejía, Guarín e Quintero (Rodríguez, 46); Jackson e Ramos

FICHA DE JOGO: Colômbia (4x4x2) (vs Uruguai) (V, 2-0) (Marcador: James 2) – Ospina; Zuñiga, Zapata, Yepes e Armero; Cuadrado (Guarín, 81), Aguilar, Sánchez e James (Adrián Ramos, 85); Téo Gutiérrez (Mejía, 68) e Jackson Martínez

Os belgas, por sua vez, causam muito mais estragos quando partem em velocidade para o contra-ataque. Origi (ou Lukaku), Mertens (ou Mirallas), Hazard, De Bruyne são muito velozes e chegam com velocidade à baliza contrária. Witsel e Fellaini (ou Dembelé) dão o equilíbrio a uma seleção muito jovem, mas recheada de talento. Com a bola nos pés, os Diables Rouges têm relevado dificuldades na construção, uma vez que o super-Hazard ainda não apareceu no Brasil. 

Onze-tipo da Bélgica:


FICHA DE JOGO: Bélgica (vs Argélia) (4x2x3x1) (V, 2-1) (Marcadores: Fellaini e Mertens; Feghouli) – Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vertonghen; Witsel e Dembelé (Fellaini, 65); De Bruyne, Chadli (Mertens, 46) e Hazard; Lukaku (Origi, 58)

FICHA DE JOGO: Bélgica (vs Rússia) (4x2x3x1) (V, 1-0) (Marcador: Origi) – Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vermaelen (Vertonghen, 31); Witsel e Fellaini; Mertens (Mirallas, 75), De Bruyne e Hazard; Lukaku (Origi, 57)

FICHA DE JOGO: Bélgica (vs Coreia Sul) (4x3x3) (V, 1-0) (Marcador: Vertonghen) – Courtois; Vanden Borre, Van Buyten, Lombaerts e Vertonghen; Fellaini, Defour e Dembelé; Januzaj (Chadli, 59), Mirallas (Hazard, 87) e Mertens (Origi, 59)

FICHA DE JOGO: Bélgica (vs Estados Unidos) (4x2x3x1) (V, 2-1 ap) (Marcadores: De Bruyne e Lukaku; Green) ) – Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vertonghen; Witsel e Fellaini; Mertens (Mirallas, 60), De Bruyne e Hazard (Chadli, 111); Origi (Lukaku, 92)

O underdog Costa Rica

Joel Campbell está mais vigiado e mais cansado. Bryan Ruiz tem ajudado, com o seu talento, a resolver os últimos jogos. Bolaños diz sempre presente. Há ainda Navas, que faz milagres debaixo dos postes. Com os outros sete compõem uma seleção muito solidária, que tem conseguido surpreender adversários bem mais cotados, como Uruguai, Itália, Inglaterra e agora a Grécia. A Costa Rica sonhará certamente com as meias-finais e até poderá beneficiar de alguma dificuldade holandesa em pegar no jogo, sobretudo nos primeiros minutos, se Van Gaal não alterar o modelo, mas será que os Ticos terão talento para ir ainda mais longe? 
 


FICHA DE JOGO: Costa Rica (5x4x1) (vs Uruguai) (V, 3-1) (Marcadores: Cavani; Campbell, Duarte e Ureña) – Navas; Gamboa, Duarte, González, Umaña e Júnior Díaz; Bryan Ruiz (Ureña, 83), Tejeda (Cubero, 75), Borges e Bolaños (Barrantes, 89); Campbell

FICHA DE JOGO: Costa Rica (5x4x1) (vs Itália) (V, 1-0) (Marcador: Bryan Ruiz) – Navas; Gamboa, Duarte, González, Umaña e Júnior Díaz; Bryan Ruiz (Brenes, 81), Borges, Tejeda (Cubero, 68) e Bolaños; Campbell (Ureña, 74)

FICHA DE JOGO: Costa Rica (5x4x1) (vs Inglaterra) (E, 0-0) (-) – Navas; Gamboa, Duarte, González, Miller e Júnior Díaz; Bryan Ruiz, Borges (Barrantes, 78), Tejeda e Brenes (Bolaños, 59); Campbell (Ureña, 66)

FICHA DE JOGO: Costa Rica (5x4x1) (vs Grécia) (E, 1-1, 5-4 gp) (Marcadores: Bryan Ruiz; Samaris) – Navas; Gamboa (Acosta, 76), Duarte, González, Umaña e Júnior Díaz; Bryan Ruiz, Borges, Tejeda (Cubero, 66) e Bolaños (Brenes, 84); Campbell

Será que este Mundial vai continuar a mostrar-nos tantas curiosidades táticas como até aqui? Já não será muito provável. Mas além de muitos golos, de jogos monumentais e equilibrados, de exibições portentosas de guarda-redes, o Brasil-2014 tem sido também o sublimar da riqueza do jogo, com equipas muito bem montadas e excelentes treinadores. É mesmo o melhor Mundial de sempre!