«Eusébio» vai subir ao palco no próximo dia 6 de abril no Coliseu de Lisboa, num musical que pretende homenagear a maior lenda do futebol nacional.

«Eusébio - um hino ao futebol» é a peça criada pela produtora Plano 6 em parecia com o Benfica e com o total apoio da família do Pantera Negra.

O musical, que também irá subir à maior sala de espetáculos portuense, foi apresentado esta segunda-feira dia em que Eusébio completaria 74 anos e quando passaram pouco mais de dois anos do seu desaparecimento.

A cerimónia de apresentação contou com a presença da mulher de Eusébio, Flora, e das duas filhas, Sandra e Carla. Luís Filipe Vieira esteve ausente por motivos de doença e fez-se representar pelo vice-presidente do clube, Alcino António.

«Eusébio - um hino ao futebol» vai estar em cena entre 6 e 17 abril em Lisboa e entre 13 e 15 de maio no Coliseu do Porto, com a participação de 16 atores e seis músicos.

Sofia Escobar, Cláudia Semedo, Diogo Amaral e João Ricardo são algumas das caras que compõem o elenco que vai «entrar em campo» durante 90 minutos, com o intuito de «celebrar a vida e a gloriosa carreira» de Eusébio.



A ideia surgiu há cerca de um ano e desde aí que está a ser trabalhada de forma a ser um musical marcante e que consiga colocar a magia de Eusébio nos palcos, numa homenagem diferente de todas aquelas que o ex-internacional português conheceu em vida. Como recordou a filha Sandra na apresentação.

A peça ainda não está finalizada e só começará a ser ensaiada no final de fevereiro, mas é certo que irá contar com a representação de «várias figuras da vida do jogador e de um conjunto de adeptos que têm como ponto em comum a admiração por Eusébio».

O Pantera Negra não será interpretado, por uma questão compreensível. «Eusébio vai estar presente desde o início ao fim do musical e será a figura principal, mas não vai haver ninguém que o represente fisicamente. Eusébio é ainda muito presente e ter alguém a representá-lo seria estranho», disse ao Maisfutebol a autora da ideia e do texto desta obra, Ana Rangel.

Contudo esta não é a primeira vez que desporto e o teatro se juntam de forma a homenagear clubes e figuras nacionais marcantes. Será já a terceira vez que acontece e com os três grandes do desporto nacional como pano de fundo.

Em 2012, o Sporting deu o «pontapé de saída» na junção destas duas artes com o musical «1906 - o nosso grande amor», que fez um breve resumo dos mais de 100 anos de história do clube leonino.

Na peça, da autoria de Pedro Madeira Rodrigues, interpretaram-se passagens como o nascimento do clube, o golo de Morais que deu a vitória na Taça dos Vencedores das Taças em 1964, os Cinco Violinos ou os golos deManuel Fernandes, Jordão e Oliveira.

Mais recentemente foram figuras do FC Porto que viram o seu percurso desportivo representadas no teatro, numa parceria do Museu do FC Porto com o Teatro Municipal Rivoli, em novembro de 2015.

Fernando Gomes subiu ao palco para ser figura inspiradora da peça «Bibota Douro» e a atleta Rosa Mota inspirou a peça «Em Nome da Rosa», obras da autoria de Pedro Penim e Miguel Loureiro.