* Pedro Jorge da Cunha, enviado-especial aos Jogos Olímpicos

Telma Monteiro, que esta segunda-feira ganhou a medalha de bronze do judo, nos Jogos Olímpicos, em declarações no final do último combate:

«Pensei que Deus sabe tudo e que se eu tinha sido paciente para esperar e continuar a trabalhar, então hoje tinha de ser o meu dia.

Foi um dia de completa superação. Fui operada há menos de cinco meses e meio, atuei com o joelho ligado, lutei e não deixei que os Jogos Olímpicos que me correram mal fossem um fantasma.

Foquei-me numa coisa: trabalhei tanto nos últimos anos que hoje tinha de ser o meu dia. Agora quero estar em Tóquio. É o país do judo e se estiver bem, vou lutar outra vez por uma medalha.

O que mudou em relação aos outros Jogos Olímpicos? Não mudou nada, mesmo que não tivesse ganhado a medalha o sol ia continuar a brilhar, podia era não brilhar para mim. Ia estar frustrada, claro, a pensar que se calhar esta não era uma competição para mim.

Lutei com todas as minhas forças e não deixei que isso acontecesse. Tive combates muito difíceis, mas não deixei de acreditar em mim, dei tudo e consegui representar bem o meu país.

O que posso dizer aos portugueses? Quero agradecer a todos por me apoiarem, esta medalha não é minha, é nossa, é uma medalha do sangue lusitano.»