Chuva, vento, granizo e até trovoada. O mau tempo prossegue ao longo da tarde desta sexta-feira Santa e promete ficar, com mais ou menos intensidade, até ao domingo de Páscoa, condicionado pelos efeitos da tempestade Nelson. Apesar das previsões apontarem para uma «ligeira melhoria» no domingo, mantém-se o quadro de chuva persistente em regime de aguaceiros de norte a sul do país.
As previsões do Instituto Português do mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para um fim de semana de chuva, tal como se tem verificado nos últimos dias. Ainda para esta sexta-feira esperam-se «aguaceiros por vezes fortes», ocasionalmente acompanhados por ganizo e trovoada. Nas terras altas está mesmo prevista a «queda de neve acima de 1000/1200 metros de altitude, nas regiões Norte e Cento».
As temperaturas também vão continuar baixas, com destaque para a Guarda, com mínimas de 2º, mas no Porto, Lisboa e Setúbal as mínimas também andarão à volta dos 7, 8 e 9 graus. Quanto às máximas, Santarém vai ser a cidade mais quente do país, com 17 graus, enquanto Lisboa e Porto ficam-se, respetivamente, pelos 15 e 14 graus.
No sábado, as temperaturas mínimas sobem ligeiramente, mas mantém-se o quadro de aguaceiros, enquanto que para o domingo de Páscoa, o IPMA prevê «em geral céu muito nublado», mas com melhoria na região Sul a partir da tarde. Mais uma vez, o IPMA prevê períodos de aguaceiros e até trovoada.
Mais de 700 ocorrências entre quinta e sexta-feira
Entretanto, a Proteção Civil registou, entre as meia-noite de quinta-feira e as 12h00 desta sexta-feira, 716 ocorrências devido ao mau tempo, tendo a maioria ocorrido nas regiões da Grande Lisboa e Algarve.
O comandante de serviço na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), José Costa, disse à Lusa que a situação mais complicada ocorreu na quinta-feira à tarde, com o registo de 58 das 716 ocorrências.
Segundo Jorge Costa, a maioria das ocorrências esteve relacionada com quedas de árvore (304), inundações (157), queda de estruturas (137) e limpeza de vias (92).
O comandante indicou também que as zonas mais afetadas pelo mau tempo foram a Grande Lisboa, onde ocorreram 225 ocorrências, seguido do Algarve (72) e Lezíria do Tejo (50).