Novak Djokovic assumiu que está disposto a falhar Roland Garros e Wimbledon se a vacinação contra a covid-19 for uma exigência para jogar.
O número um mundial, que em janeiro foi deportado da Austrália por não estar vacinado, afirmou que pretende sacrificar a presença em vários torneios a ser forçado a tomar a vacina.
«Compreendo as consequências da minha decisão. Compreendo que, não estando hoje vacinado, não posso viajar para a maioria dos torneios neste momento», disse à BBC.
O tenista de 34 anos reiterou que não se opõe à vacinação, mas acredita na «liberdade de escolher o que se põe no corpo».
«Estou a tentar estar em sintonia com o meu corpo tanto quanto posso», disse, salientando que sempre teve cuidado com tudo o que ingere. «Com base em toda a informação que recebi, decidi não tomar a vacina», declarou.
De seguida, Djokovic foi questionado se estaria preparado para falhar Roland Garros em maio.
«Este é o preço que estou disposto a pagar», respondeu, confirmando que também estaria disposto a perder Wimbledon e justificou: «Porque os princípios da tomada de decisões sobre o meu corpo são mais importantes do que qualquer título ou qualquer outra coisa.»
Nole, que venceu Roland Garros duas vezes e Wimbledon em seis ocasiões, sublinhou que não quer estar associado ao movimento antivacinação.
«Nunca disse que faço parte desse movimento», frisou, acrescentando que «todos têm o direito de escolher, agir, ou dizer o que entenderem como apropriado».