O Governo francês mudou de posição sobre o caso Djokovic e avisou que para participar em Roland Garros todos os atletas terão que ter a vacinação completa, assim como o público e trabalhadores envolvidos nos eventos.

Dez dias depois de ter declarado que o tenista sérvio poderia participar no Grand Slam de Paris mesmo sem estar vacinado, a ministra do Desporto francesa, Roxana Maracineanu, retificou a posição, após o Governo fazer aprovar projeto de lei que irá exigir um certificado de vacinação para muitas atividades da vida social, o que inclui assistir a espetáculos desportivos.

Numa mensagem na sua conta de Twitter, Maracineanu referiu-se à adoção desse certificado sanitário, através do qual «será obrigatório para entrar nos espaços já submetidos ao passaporte sanitário (estádios, teatros ou salas de espetáculos) para o conjunto dos espectadores, praticantes e profissionais, franceses ou estrangeiros».

Recorde-se que, no passado dia 7 de janeiro, em plena polémica política e judicial na Austrália pela presença de Djokovic apesar da sua recusa em se vacinar, Maracineanu indicou que o sérvio poderia participar em Roland Garros, programado para entre finais de maio e começos de junho.

A antiga nadadora vice-campeã olímpica, agora ministra, argumentou então que França aplicaria uma exceção à obrigação do certificado de vacinação aos desportistas nas competições internacionais, ficando assim isentos de cumprir o novo regulamento francês e competir mesmo sem estarem vacinados.

A justificação foi de que nas competições internacionais regem os «protocolos obrigatórios impostos pelas federações» que, segundo deu a entender, estariam acima do regulamento francês. Ao contrário do que acontece na Austrália, para entrar em França não é preciso necessariamente a vacinação completa, pois o pais aceita também um teste negativo, por exemplo.