O tenista sérvio Novak Djokovic reiterou que não quer ser vacinado contra a covid-19, em entrevista ao L’Equipe.

«Com base nas informações sobre a vacina, decidi não me vacinar. É a minha posição. Vai mudar? Não sei, tudo evolui rapidamente, como vemos pelas decisões de certos governos», disse o atleta.

Nole, que foi deportado da Austrália por não estar vacinado e por apresentar falsas declarações na entrada no país, foi também impedido de jogar no Open da Austrália, mas sublinha que não é um perigo para as outras pessoas.

«Neste momento, não sinto necessidade de o fazer para proteger o meu corpo e não tenho ideia de ser uma ameaça para os outros. Vacinado ou não, o vírus é transmissível. É a minha posição, e, de futuro, a mente está aberta. Tudo é possível», vincou.

O sérvio justificou a sua longevidade no ténis com o conhecimento que tem do próprio corpo, que o leva a ter poucas lesõest, dando como exemplos o adiamento da cirurgia ao cotovelo em 2018 ou o facto de alterar a sua dieta alimentar em 2010.

«O corpo deve funcionar todo o tempo, a todo o vapor durante mais de 15 anos. Quem é que o consegue fazer além do Roger [Federer], Rafa [Nadal] e eu? (…). Há um enorme trabalho por detrás disto», explicou.

Djokovic comparou a sua filosofia à de LeBron James, Kobe Bryant, Tom Brady ou Cristiano Ronaldo, atletas que dão prioridade a um estilo de vida regrado.

«Quero ser o único dono do meu corpo. Se não tiver um conhecimento suficiente do meu corpo, é como se desse a autonomia a outra pessoa», frisou, dando ainda conta de que vai regularmente a consultas com médicos convencionais de vários países.