Novak Djokovic falou com a rivalidade histórica com Rafa Nadal e Roger Federer, admitindo que nunca se tornou amigo dos dois.

«Nunca fui amigo de Federer. Entre rivais não pode. Mas nunca fomos inimigos. Sempre tive um grande respeito por Federer, foi um dos maiores de todos os tempos. Teve um impacto extraordinário, mas nunca fomos próximos», começou por dizer, em entrevista ao Corriere della Sera.

«O Nadal é apenas um ano mais velho do que eu. No início íamos jantar juntos, mas é impossível sermos amigos. Sempre tive um grande respeito e admiração pelo Rafa. É graças a ele e ao Federer que cresci e me tornei no que sou hoje. Isso vai unir-nos para sempre. Sinto gratidão para com eles. Vi o Nadal mais vezes nos últimos 15 anos do que vi a minha mãe», acrescentou.

O campeoníssimo sérvio recusou vacinar-se contra a covid-19 e acabou por ser deportado da Austrália em 2022, impedido de competir no Open da Austrália, o primeiro major da temporada.

«Estive numa prisão. Não podia abrir a janela. Estive menos de uma semana lá, mas encontrei gente jovem e refugiados de guerra que estavam ali há muito tempo. O meu caso serviu para ajudá-los e quase todos foram libertados pouco depois. Um jovem sírio estava naquele sítio há nove anos e agora está nos Estados Unidos. Quando regressar ao país este ano, quero encontrar-me com ele e convidá-lo para ir assistir ao US Open», recordou, frisando que é alguém que defende «a liberdade de escolha». 

Lembre-se que Roger Federer retirou-se do ténis em meados de setembro enquanto Rafa Nadal está lesionado e sem competir desde janeiro. Por sua vez, Djokovic tem tido alguns problemas físicos e já perdeu alguns torneios esta temporada. O fim de uma era dourada está cada vez mais próximo.