João Sousa admitiu que não esteve ao melhor nível no encontro com o belga David Goffin, que ditou o afastamento do Estoril Open do vencedor da edição transata do torneio.

«Não consegui jogar taticamente da forma como tínhamos pensado, mas também foi mérito dele. Conseguiu jogar muito melhor e é merecedor da vitória. O David [Goffin] não serve muito rápido, mas serve muito colocado. Gosta de jogar com grandes percentagens no primeiro serviço. Ele jogou taticamente muito bem contra mim. Não é que eu tenha muitas dificuldades nesse tipo de serviço, mas hoje não consegui responder bem, não consegui ser acutilante nem agressivo. E ele foi muito mais agressivo do que eu. Nunca fui eu a comandar os pontos», começou por analisar em conferência de imprensa.

O tenista português comentou ainda o momento do belga, que nos últimos meses têm-se apresentado longe dos índices de solidez que o levaram em tempos até ao 7.º posto da hierarquia ATP.

«Fiquei surpreendido. Não tem vindo a fazer bons resultados, mas os jogadores como o David conseguem jogar qualquer semana a um grandíssimo nível. Não quer dizer que amanhã jogue ao mesmo nível, mas surpreendeu-me o nível a que se exibiu. Fez um grande encontro e só tenho de lhe dar os parabéns», destacou.

Um ano depois de se tornar no primeiro tenista nacional a vencer o Estoril Open, Sousa caiu ainda numa fase relativamente precoce desta edição. «Qualquer derrota é amarga. É duro perder em casa com o público a puxar por ti e não conseguires fazer um bom encontro», confessou.

João Sousa, que arrancou a semana no 51.º posto do ranking mundial, vai cair na próxima semana para fora do top-70. Um trambolhão no ranking explicado por ter somado apenas 20 dos 250 pontos que tinha para defender na condição de detentor do título.

Para o tenista de 30 anos, os resultados não têm refletido a qualidade de trabalho. «Tenho vindo a trabalhar muito bem, mas os resultados não têm sido os que esperávamos. Sinto-me um jogador mais completo, mas os resultados não me têm acompanhado nesse sentido. Muitas vezes é frustrante, mas há que continuar a trabalhar», concluiu.