João Domingues, até esta sexta-feira o único português resistente no Estoril Open, está a trabalhar com Larri Passos, treinador que esteve ao lado de Gustavo Kuerten durante o período no qual o ex-tenista brasileiro chegou a número 1 mundial e venceu três título do Grand Slam em Roland Garros entre 1997 e 2001.

Os frutos imediatos da parceria estão à vista e o tenista natural de Oliveira de Azeméis já alcançou, com a presença nos quartos de final do torneio realizado no Clube de Ténis do Estoril, a melhor participação da carreira numa prova da categoria ATP.

O primeiro contacto aconteceu há um ano através do também brasileiro André Podalka, treinador de base de João Domingues e amigo de Passos, quando o número três nacional participou em torneios em Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo.

«Viajei com ele e adorei. O Larri também gostou de mim e ficou interessado em trabalhar comigo. Mantivemos o contacto e agora encontrámos um equilíbrio para trabalharmos juntos. Será um elemento fundamental», avançou João Domingues, que recebeu esta semana o brasileiro na equipa técnica que é constituída por André Podalka, João Antunes, Danyal Sualehe e o preparador físico João Peralta.

«O João precisa de acreditar que pode vencer um ‘top-10’. Aos 25 anos, está na idade da maturação e nós precisamos de ter uma cultura vencedora. (...) Pode estar entre os melhores do mundo. Se peguei no Guga, aos 14 anos quando ninguém o conhecia, e levei-o a número um, porque é que o João Domingues ou o João Sousa não podem estar entre os melhores do mundo?», questionou Larri Passos, citado pela agência Lusa.

A boa prestação de João Domingues no Estoril Open vai valer-lhe o regresso aos 200 melhores tenistas do mundo a partir da próxima semana.