A possibilidade de Novak Djokovic vir a participar no Masters 1000 de Roma, na primeira quinzena de maio, está a gerar discórdia entre responsáveis pelos ministérios do Governo italiano.

«O ténis é um desportivo ao ar livre e por isso não é exigido o passaporte verde. Se Novak Djokovic quiser vir a Itália e jogar aqui, pode fazê-lo, afirmou Valentina Vezzali, ministra dos Desportos, numa entrevista à Libero.

Estas declarações caíram mal junto do ministério da Saúde. «Não me convencem as razões pelas quais Vezzali disse que Djokovic podia participar. Há regras que têm de ser respeitadas e ao darmos exceções passamos mensagens erradas. Estou contra a presença de Djokovic no torneio de Roma», afirmou Andrea Costa, sub-secretário do Ministério da Saúde italiano, em declarações à Radio 24.

Vezzali reagiu depois às declarações de Andrea Costa, garantindo que nunca falou em atribuir ao sérvio uma exceção para participar no torneio que venceu por cinco vezes na carreira e no qual foi finalista vencido em seis ocasiões. «Nunca se falou em conceder uma isenção ao tenista Novak Djokovic. Apenas foi dito qual é a legislação em vigor», afirmou, vincando que o estado de emergência deverá acabar a 31 de março e, com isso, algumas regras também poderão mudar.

Novak Djokovic, que não pretende vacinar-se contra a covid-19, foi impedido de participar no Open da Austrália, primeiro Grand Slam desta época, e tem e risco a participação em muitos outros torneios. «Compreendo as consequências da minha decisão. Compreendo que, não estando hoje vacinado, não posso viajar para a maioria dos torneios neste momento», disse recentemente numa entrevista à BBC, na qual admitiu que está disposto a pagar o preço de falhar Roland Garros e Wimbledon se lhe for exigida a vacinação.