A seleção portuguesa de ténis vai jogar com o Cazaquistão o acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis.

Pela terceira vez na história do ténis nacional, depois de 1994 e 2017, Portugal vai tentar aceder ao Grupo Mundial e, de acordo com o novo formato da prova, garantir um lugar entre as 18 nações que vão disputar a Final da Taça Davis, entre os dias 18 e 24 de novembro, em Madrid.

A eliminatória terá lugar no National Tennis Center, em Astana, em 1 e 2 de fevereiro. 24 seleções disputam 12 vagas para a fase final, Portugal e Cazaquistão vão defrontar-se pela primeira vez na história e em piso rápido, a superfície escolhida pela equipa anfitriã.

Para representar a equipa portuguesa, o capitão estreante Rui Machado convocou João Sousa (39.º ATP), Pedro Sousa (101.º), João Domingues (213.º) e Gastão Elias (246.º), sendo a formação cazaque constituída por Mikhail Kukushkin (55.º), Alexander Bublik (171.º), Aleksandr Nedovyesov (191.º), Denis Yevgeyev (303.º em pares) e Timur Khabibulin (154.º em pares), capitaneados por Dias Doskarayev.

Além de jogar fora, Portugal vai tentar ainda contrariar o teórico favoritismo do Cazaquistão, que já disputou cinco vezes os quartos de final da Taça Davis e detém um registo de 10 vitórias nas últimas 11 eliminatórias disputadas em casa.

O confronto de acesso ao Grupo Mundial começa a discutir-se na sexta-feira, com dois encontros de singulares, segfuindo, no sábado, um encontro de pares e outros dois de singulares, sendo todos os embates jogados à melhor de três sets. O sorteio da eliminatória terá lugar na quinta-feira, 31 de janeiro, às 11:45 em Astana.

As 12 equipas vencedoras da fase de qualificação vão juntar-se à Croácia, França, Espanha e Estadpos Unidos, semifinalistas em 2018, e Argentina e Reino Unido, que receberam um wild card para a Final da Taça Davis. As nações derrotadas voltam a competir no Grupo I, da respetiva Zona Geográfica, em 2019.

«A expectativa é disputar uma excelente eliminatória e sair do Cazaquistão com a vitória. Sempre que jogamos a Taça Davis é para dar o máximo, representar Portugal da melhor maneira e, se possível, fazer história. E, nesta eliminatória, pode fazer-se história», afirmou o capitão Rui Machado, em declarações à agência Lusa, avisando para as dificuldades frente à seleção cazaque.

«É uma seleção muito forte em casa, onde tem um grande historial de vitórias. Tem um número um (Mikhail Kukushkin, 55.º ATP) muito experiente, que tem apresentado um excelente nível na Taça Davis e no circuito mundial, e muito conhecido de todos os jogadores. O número dois (Alexander Bublik) e o três (Aleksandr (Nedovyesov) também são bons jogadores, um com um ténis muito agressivo e o outro, que já foi top-100, nos últimos meses tem feito bons resultados. São adversários competitivos e de certeza que vai ser uma eliminatória bastante difícil», adiantou Rui Machado.

Apesar de antecipar que a «principal dificuldade vai ser jogar fora de casa, nas condições às quais o Cazaquistão está habituado e no seu ambiente, em que os jogadores tendem a superar-se», Rui Machado acredita nas «armas» de Portugal, «com jogadores em grande forma, muito nível competitivo, experiência e vontade de ganhar e fazer história».