O Tribunal Federal da Austrália, que deu provimento à ordem de deportação de Novak Djokovic, defendeu a «racionalidade» da preocupação do Governo daquele país, que considerou que a presença do tenista sérvio no país da Oceania constituía um risco para a saúde pública.

«Não era irracional a preocupação do ministro de que o alegado apoio de alguns grupos antivacinação [contra a covid-19] à aparente posição do sr. Djokovic sobre a vacinação pudesse estimular concentrações e protestos e conduzir a uma maior transmissão comunitária» do vírus, assinalou o Tribunal Federal no acórdão de 106 páginas divulgado nesta quinta-feira, alguns dias após o número 1 do Mundo deixar o país devido ao cancelamento do visto.

Deportação da Austrália, Djokovic corre sérios riscos de ser impedido de voltar a entrar neste país nos próximos três anos, podendo, aos 34 (completa 35 em maio), nunca mais voltar a competir no Open da Austrália, torneio que venceu nove vezes.

Além disso, o tenista sérvio arrisca a presença noutros torneios do Grand Slam devido às políticas nacionais/locais em vigor e que impedem que atletas não vacinados (como é o caso dele) possam competir: é o caso de França (Roland Garros) e de Nova Iorque, onde se realiza o Open dos Estados Unidos.