Jo-Wilfried Tsonga terminou a carreira no ténis profissional esta terça-feira, aos 37 anos, após ser afastado na primeira ronda de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, numa despedida emocionada, face ao norueguês Casper Ruud.

O antigo número cinco mundial, que acabou o encontro lesionado e em lágrimas, foi derrotado pelo atual oitavo posicionado do ranking ATP, que venceu por 6-7 (6-8), 7-6 (7-4), 6-2, 7-6 (7-0), ao cabo de três horas e 49 minutos.

No Court Philippe Chatrier, a família do tenista francês marcou presença, juntamente com os compatriotas Richard Gasquet, Benoit Paire e Gael Monfils, entre muitos outros, que testemunharam o adeus a um dos jogadores mais carismáticos do circuito.

«Na minha vida, tive de lidar com aqueles que me disseram que eu nunca seria nada. Provei o contrário. Um dia era um herói, outro um vilão, outro um branco, outro um negro filho de um congolês», lembrou o tenista, visivelmente emocionado, garantindo ainda que ser pai mudou muito a sua vida.

Atualmente no lugar 297.º da hierarquia, Tsonga conseguiu a proeza de conseguir superar os denominados big 3 em torneios do Grand Slam. Em 2008, bateu Rafael Nadal no Austrália Open, e dois anos depois imperou sobre o sérvio Novak Djokovic, atual número um mundial, também em Melbourne Park.

Contra o suíço Roger Federer, foram duas as vezes que o francês se superiorizou em majors, em Wimbledon, em 2011, e em Roland Garros, em 2013.

Djoko, assim como Nadal, Federer e Andy Murray, manifestou-se, via vídeo, na hora da despedida, considerando Tsonga um dos «jogadores mais carismáticos em court», face ao «seu estilo de jogo», considerando o seu adeus uma «tremenda perda para a modalidade».

Ao longo da carreira, Tsonga conquistou 18 títulos, com destaque para os Masters 1.000 de Paris, em 2008, e Canadá, em 2014.

O carismático jogador gaulês atingiu ainda outras doze finais, entre as quais a do Austrália Open, em 2008, e ATP Finals, em 2011. A nível de vitórias em encontros oficiais, somou 467.