Rafael Nadal venceu este domingo o torneio Roland Garros pela 12.ª vez, mas esta conquista histórica esteve prestes a não acontecer porque o tenista espanhol pensou em parar para recuperar dos meses difíceis por que passou.
«Quem acompanha o circuito sabe o que passei nos últimos 18 meses. À questão do joelho direito, que me deu problemas, somam-se todas as outras coisas que me foram acontecendo, e que foram muitas», contou o tenista ao jornal «As».
«Depois de Indian Wells [em que desistiu nas meias-finais] tive uma quebra física e anímica. Na minha cabeça havia várias alternativas e uma era parar para regenerar o meu corpo que andava de lesão em lesão. A outra opção era seguir em frente, mas com outra dinâmica porque a que estava era negativa, não via a luz», confessou, dizendo que estava «cansado das lesões».
«Não me canso de sofrer a nível tenístico, no court. Não considero um sofrimento a minha forma de competir e de lutar. Vivo o ténis com paixão», explicou. «Mas sofro com a dor e a incapacidade, inclusive na vida, fora do desporto. É difícil ter dores continuamente. Acumulas dor, dor, dor, durante muitos meses, e quando te recuperas, vem outro problema».
Nadal disse ainda que «precisava de mudar o chip para competir bem em terra batida», a parte que considera «mais bonita da temporada». E foi isso que fez. «O que deixa mais satisfeito, além dos dois títulos e três meias finais, é de ter tido este processo, com pequenas melhoras a cada dia, e de ter chegado a um nível muito alto», apontou.
