Os dias históricos de João Sousa em Wimbledon só podiam acabar assim, às mãos de um dos melhores de sempre. 

Rafael Nadal, a atravessar um momento de forma extraordinário, não deu hipóteses ao Conquistador e fechou este duelo ibérico dos oitavos-de-final com o mesmo resultado nos três sets: 6/2, 6/2 e 6/2, uma hora e 45 minutos de jogo.

No terceiro duelo entre estes velhos conhecidos, Nadal mostrou quem mandava logo desde o início e entrou a quebrar o serviço a João Sousa. O maiorquino quebrou, de resto, seis vezes o saque ao português e não permitiu que Sousa o fizesse uma única vez. 

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«Fiz um jogo sólido e vi muitas coisas positivas no meu jogo», afirmou Rafa Nadal, logo após um forte abraço a João Sousa, habitual parceiro de treino. 

Sousa, na verdade, pouco mais podia ter feito. O vimaranense até apresentou melhores dados no serviço (quatro ases como Nadal, mas menos duplas faltas e mais pontos ganhos no primeiro serviço), mas os restantes números são concludentes e favoráveis a Nadal: 29-16 em winners, 10-15 em erros não forçados, 16-12 em pontos na rede, 36-13 nas respostas ao serviço. 

Apesar de alguns momentos de altíssimo nível - um «lob» maravilhoso ou um «winner» de direita na resposta a um serviço potente de Nadal -, João Sousa ainda não tem ténis para eliminar Rafa Nadal, muito menos num duelo à melhor de cinco. 

No terceiro set, por exemplo, João Sousa fez tudo bem na troca de bolas mais longa (20 pancadas), até tentar fechar com um «amortie». Rafa Nadal parecia longe e fora da jogada, mas sprintou como só ele sabe e fechou na rede. 

Rafa Nadal venceu e persegue o que não consegue desde 2010; João Sousa fez um torneio histórico e sabe que se vai aproximar novamente do «top-50», agora com mais 196 mil euros no saldo bancário.