O treinador do Chelsea, Thomas Tuchel, admitiu que «há muitas incertezas» em redor da situação do clube, devido ao conflito entre Ucrânia e Rússia.

Os londrinos são detidos por Roman Abramovich, milionário russo que é tido como próximo do presidente Vladimir Putin e que recentemente se tornou cidadão português.

«Não devemos fingir que isto não é um problema», começou por dizer o alemão, na antevisão da final da Taça da Liga com o Liverpool.

«A situação em geral na Ucrânia, para mim, para o meu staff, para todos em Cobham [centro de estágios], para os jogadores é horrível», acrescentou, citado pela BBC.

«Ninguém esperava isto, é surreal e está a turvar-nos a mente, a nossa motivação para a final. Traz uma incerteza enorme, mais para as famílias e pessoas que, neste momento, estão mais envolvidas do que nós. Os nossos pensamentos estão, obviamente, com elas, que são o mais importante neste», prosseguiu Tuchel.

A situação de Abramovich

O técnico abordou depois a ligação do Chelsea com a Rússia, através do dono, Roman Abramovich. «Há ainda muitas incertezas à volta da situação do nosso clube, no Reino Unido, com muitos cenários que não vale a pena eu comentar», argumentou.

Ainda assim, Tuchel foi colocado perante a possibilidade de o proprietário do clube ser proibido de viver no Reino Unido pelo governo de Boris Johnson, algo que o executivo não decidiu.

«Estamos conscientes disso, mas não temos tanta informação interna quanto possam julgar. Creio que o comportamento correto da equipa, de mim e do staff é não termos uma atitude política e focar-nos no desporto. Não porque nos estamos a esconder, a situação é clara, é horrível, não há dúvidas. Uma guerra na Europa era impensável para muitos durante um grande período de tempo.»

Tuchel diz que é preferível «ter um pouco mais de paciência e perceber quais são as medidas» efetivas a serem tomadas. «Depois, lidaremos com elas e adaptar-nos-emos». concluiu