O piloto Tiago Monteiro, representante português no Campeonato do Mundo de Fórmula 1, reconhece que as boas prestações que tem realizado não têm passado despercebidas.
Apesar de acreditar que tem capacidades para estar numa equipa mais forte do que a Jordan, o condutor explicou que ingressar, por exemplo, na Ferrari, na McLaren-Mercedes ou na Renault é bastante difícil. «Já senti que as outras equipas olharam para mim, que repararam na minha fiabilidade e na minha rapidez. A boa época que tenho feito também tem contribuído para isso. Aspiro a mais, mas não é fácil, porque há sempre poucos lugares disponíveis nas grandes equipas. Ninguém quer sair, o que não facilita», adiantou Tiago Monteiro.
A nova coqueluche do desporto nacional admitiu que algumas equipas já demonstraram interesse nos seus serviços. «Já houve contactos por parte de outras escuderias. Foram conversas normais com o objectivo de conhecer a minha situação. Como tenho contrato com a Jordan não posso falar em nomes. Mas a minha prioridade será continuar», revelou.
«Estou muito satisfeito»
A temporada ainda não terminou, faltam disputar quatro grandes prémios, e Monteiro já leva 15 provas concluídas: um recorde absoluto na competição.
«Estou muito satisfeito. Há sempre muitos riscos e incógnitas na Fórmula 1, o que me deixa mais feliz, sobretudo por ter terminado todas as provas. Na Fórmula 1 não é só o piloto que ganha, é um desporto de equipa, de colectivo. Na Jordan trabalham cerca de 200 pessoas», afirmou, referindo que «também é preciso ter um bocadinho de sorte para poder levar o carro até ao fim».
Tiago Monteiro mostrou-se «um pouco preocupado» com o novo monolugar (EJ15B Toyota) em Imola, mas frisou que «é um carro fiável». O português lembrou que nessa prova «os pneus tiveram uma má prestação».