É um dos homens da máxima confiança do bilionário norte-americano Dan Friedkin, que há dois anos comprou a Roma por 590 milhões de euros e pouco depois identificou-o como a pessoa ideal para ocupar o cargo de diretor-geral do clube italiano.

Tiago Pinto chegou aos Giallorossi meses depois, em janeiro de 2021, após 36 anos de ligação umbilical ao Benfica, oito deles enquanto funcionário do clube: primeiro como diretor das modalidades e depois, nos derradeiros três e meio, como diretor-geral para o futebol das águias.

No verão seguinte, a Roma contratou um dos imperadores do futebol do século XXI. José Mourinho, para que este pusesse termo a uma longa seca de títulos deste gigante pouco habituado a ganhar, e o resultado foi, para já, a conquista de um troféu europeu: a recém-criada Liga Conferência.

Sobre Tiago, Mourinho elogiou-o recentemente, associando o insucesso do Benfica nos últimos anos à saída dele, e Luís Filipe Vieira descreveu-o como o diretor-geral mais completo que teve durante a sua presidência nos encarnados.

Mas quem é André Tiago Ferreira Pinto?

Quem era antes de chegar ao Benfica depois de dar nas vistas na primeira Assembleia-Geral do clube da Luz em que marcou presença?

O que fazia e como sofria pelo clube do coração, do qual saiu quase sempre a trabalhar «na sombra» e praticamente sem dar entrevistas?

Como lá chegou e o que teve de sacrificar pelo caminho?

O que fez e o que mudou nas modalidades e, depois, no futebol?

No dia em que a Roma chega ao Algarve para um estágio de pré-época de uma semana e meia, o Maisfutebol conta-lhe toda a história de Tiago Pinto, o caminho que trilhou até chegar onde chegou e que marca tem deixado. Desde a Moura Morta, onde nasceu e cresceu, passando pelo Porto, onde estudou e trabalhou depois numa escola problemática. E Lisboa, onde assim que chegou ao Benfica, em novembro de 2012, enfrentou a desconfiança de altos dirigentes que tinham sido alvo dele num discurso corrosivo meses antes. E de onde saiu descrente. Por fim, Roma, onde a pressão mediática o obrigou a assumir mais protagonismo do que no passado. Leia aqui a história de Tiago Pinto: o «índio» do Benfica que tenta reerguer a Roma com Mourinho