Exemplar. Não é um jogador tecnicamente perfeito, é verdade, mas sabe bem o que faz com a bola. Recebe, entrega e remata sem problemas. É, no entanto, na atitude que se destaca. Pressiona, morde o calcanhar aos adversários, provoca o erro, agita. Num desses lances plenos de crença, atacou Nivaldo e ganhou a bola no limite. Só por acaso não foi golo. Nesta altura, Castro já é uma opção muito séria para o meio-campo azul e branco. Deixou de ser apenas membro do plantel e é um forte candidato à titularidade. A assistência de calcanhar para o golo de Defour é brilhante. Bravo!
O MOMENTO: penalty de Oblak, minuto 53
Jan Oblak atropelou grosseiramente Jackson Martinez e o F.C. Porto resolveu logo ali um problema. Expulsão do guarda-redes do Rio Ave, golo de James na marcação de um penalty e o acesso à final da Taça da Liga muito facilitado.
NEGATIVO: primeira parte do F.C. Porto
Lenta, sem imaginação, apática. O Rio Ave agradeceu a gentileza e teve 45 minutos de grande conforto no Dragão. A segunda metade, principalmente depois da expulsão e golo, foi bem diferente.
OUTROS DESTAQUES
João Moutinho
O melhor do F.C. Porto, a par de Castro. Caminha para a recuperação dos normais índices físicos. Faz jogar a equipa, tem pormenores deliciosos e uma mão cheia de passes vibrantes. Incansável na luta da intermediária. Ainda assustou os adeptos ao lesionar-se perto do intervalo, mas recuperou rapidamente. Sem ter sido brilhante, foi sério e dinâmico. Um passo à frente de quase todos os colegas. Substituído por Izmaylov aos 62 minutos.
Bebé
Ótimo nas transições ofensivas, péssimo nas ações de apoio à defesa. Fantástico a galgar metros com a bola colada ao pé, ingénuo ao prender a bola em zonas proibidas. O futebol de Bebé é isto. Uma mistura radical de virtudes e defeitos. Precisa de muita competição, de muitos minutos, de maturidade competitiva. A matéria-prima é de alta qualidade, sublinhe-se.
Jan Oblak
Seguro em tudo o que fez, até estragar tudo aos 54 minutos. Até cometer o penalty sobre Jackson esteve muito bem. Nas saídas aos cruzamentos, a jogar com os pés e entre os postes. A defesa ao remate de Maicon, à passagem do minuto 38, foi decisiva. Talvez tenha sido a sua ação mais vistosa, mas em tudo o resto esteve muito bem. Parece preparado para agarrar um lugar no lote de guarda-redes do Benfica, apesar do erro que condicionou, e muito, a sua equipa. Vermelho bem visto.
James e Jackson
A dupla colombiana fez pouca coisa bem e, ainda assim, foi decisiva. Jackson sofreu a grande penalidade, James não tremeu e fez o golo. O pormenor não camufla, porém, duas das exibições mais cinzentas nos azuis e brancos. O F.C. Porto precisa de Jackson e James com outro comprometimento e inspiração.
Maicon
Apriveitou bem o regresso à titularidade. Sem erros, esteve até perto de fazer um golo, num pontapé espetacular dentro da área do Rio Ave. A suspensão de Mangala vai dar-lhe mais minutos já na próxima ronda da Liga.
Liedson
Mais 15 minutos de dragão ao peito. A referência é justa, já não jogava desde 2 de março.
Steven Defour
Um golo e uma assistência para Fernando marcar elevaram bastante a nota ao belga. Boa segunda metade.
RELACIONADOS
TL: F.C. Porto-Rio Ave, 4-0 (crónica)
