A figura: Júnior Caiçara

Escreveu história pelo Gil Vicente, colocando o clube de Barcelos na final, pela primeira vez. Exibição suficiente durante o tempo regulamentar, mas decisiva no final das contas. Foi dele o golo salvador que levou o jogo para os penalties e ainda foi ele a converter o penalty decisivo. Um pé direito que escreveu história.

O momento: frango de Quim

Estavam 89 minutos passados desde o inicio do jogo. Quando tudo se pensava já perdido e os ataques deixavam de ser planeados pela cabeça, mas sim com o coração, eis que Júnior Caiçara desfere um remate colocado, à entrada da área e empata o encontro. Quim acabou por ser mal batido, ficando mal na fotogradia. Num jogo intenso e com oportunidades para os dois lados, este lance tardio acabou por pôr justiça no marcador. O Gil Vicente procurou e deu um passo gigante para atingir a primeira final na sua história.

Outros Destaques

Mossoró

Não foi o autor de nenhum golo, mas o brasileiro fez uma bela exibição. Através dos seus pés nasceram muitos dos ataques dos arsenalistas. Esteve melhor na primeira parte e foi um dos elementos fulcrais que permitiram a reviravolta no marcador. Assistiu Lima no primeiro golo. No segundo tempo registou uma grande arrancada onde assistiu para Lima e por pouco este não marcou o terceiro. Saiu aos 77 minutos e o Braga nunca mais foi o mesmo.

Lima

A classe é inegável. A vontade com que ataca todos lances e forma como os procura resolver fazem com que o brasileiro esteja sempre presente nos ataques do arsenalistas. Fez o primeiro golo, após assistência de Mossoró e foi de um momento de insistência do melhor marcador do campeonato que surgiu o segundo marcado por Hélder Barbosa. Depois, provou a outra metade. Não conseguiu bisar após dois remates seguidos, naquele que foi uma das grandes oportunidades da segunda parte. Voltou a falhar na cara do guarda-redes gilista nos tempos de descontos. Dois falhanços que mancharam uma exibição que tinha tudo para ser perfeita.

Hélder Barbosa

O extremo português atravessa um bom momento de forma. Voluntarioso, foi uma dor de cabeça para a defesa do Gil Vicente. Marcou o segundo golo do Braga através de um remate que não deu hipóteses ao guarda-redes Adriano Facchini. Fez um dos remates mais perigosos da 2ª parte aos 87 minutos.

Hugo Vieira

Uma autêntica dor de cabeça para os defesas do Braga. O avançado do Gil Vicente fugiu aos jogadores arsenalistas para inaugurar o marcador. O futebolista mais uma vez provou o seu valor, esforçando-se sempre para alcançar o empate. Individualista num lance de contra ataque dos gilistas em que podia ter optado pelo passe em vez de um remate de fora de área. Quando a bola chegava aos seus pés, a falta era muitas vezes a única solução para o parar.

Céser Peixoto

A experiência e atitude que o jogador transmite ao meio campo do Gil Vicente é notável. Assitiu Hugo Vieira no primeiro golo, através de um passe em abertura. Voltou a repetir o mesmo tipo de lance causando sempre perigo à defesa arsenalista. Conseguiu ofuscar e «prender» no seu campo de jogo o capitão Do Sp. Braga, Hugo Viana. Saiu aos 75 minutos. Desgastado.

Adriano Facchini

Com duas defesas nos penalties só podia ser uma das figuras da noite. Levou com as suas luvas o Gil Vicente há primeira final da história do clube. Momento inesquecível na carreira do brasileiro.