O Benfica entrou da melhor forma na defesa da Taça da Liga, ao vencer em Olhão. Rodrigo e Lima marcaram para os encarnados, depois de EvandrocBrandão ter colocado os algarvios em vantagem.

No Olhanense, Fernando Alexandre recuou para central, Rui Sampaio assumiu a titularidade no meio-campo defensivo, ao lado de Nuno Piloto, e Jander ocupou a posição de Rui Duarte, na organização ofensiva da equipa. Babanco também subiu no terreno e jogou a extremo-esquerdo, dando lugar a Vítor Vinha, na defesa.

David Silva encarregou-se do corredor direito e Evandro Brandão foi o ponta-de-lança.

Jardel e Enzo Pérez foram, no onze de Jorge Jesus, os únicos que têm tido maior utilização a titulares. O treinador dos encarnados aproveitou para dar minutos a jogadores menos utilizados. Gaitan, que perdeu protagonismo nesta temporada, foi testado atrás de Rodrigo, o elemento mais avançado da equipa. Bruno César e Nolito ficaram com as alas e no miolo André Gomes jogou nas costas de Enzo Pérez.

No sector mais recuado, André Almeida e Luisinho formaram uma dupla de laterais portugueses, e os brasileiros Jardel e Sidnei, asseguraram a zona central à frente do guarda-redes Paulo Lopes.

O Olhanense não se inibiu por estar a defrontar o detentor da Taça da Liga e contribuiu para um início de jogo agradável, com oportunidades de golo, embora, neste capítulo, as dos encarnados tivessem sido mais evidentes.

Ainda não estava decorrido o primeiro minuto e o Olhanense

já assustava: Evandro Brandão escapou na esquerda Jardel e cruzou para a área, mas David Silva atrapalhou-se na hora do remate, e Paulo Lopes defendeu em cima da linha. A resposta do Benfica teve Rodrigo na finalização, com dois remates idênticos, no interior da área e em dois minutos seguidos, 5 e 6, este na sequência de um livre estudado.

A amostra ofensiva das duas equipas ficou-se por aí, e até ao intervalo os guarda-redes puderam descansar. Foram 39 minutos apáticos, a ritmo brando. E, nesse particular, a maior qualidade reconhecida aos jogadores encarnados, cunha-lhes a maior dose de culpa. Até porque interessava mais aos algarvios esse andamento.

Nolito e Bruno César passaram ao lado, e Gaitan (atrás de Rodrigo) não se entendeu bem com a sua posição e obrigou Enzo Pérez a recuar para zonas próximas de André Gomes, que até ao apito de Paulo Baptista para intervalo, pareceu o mais intencional da sua equipa.

O início da segunda-parte repetiu a entrada dos algarvios em jogo, mas desta vez com consequências: Evandro Brandão aproveitou um mau alívio de Paulo Lopes e atirou (ainda bem longe da baliza) certeiro, abrindo o marcador.

O avançado cedido pelo Videoton faturou pelo segundo jogo

consecutivo. Jorge Jesus reagiu com as entradas de Salvio e Lima, retirando Bruno César e André Gomes. A Gaitan foi-lhe dada, oficialmente por Jesus, ordem para pisar os terrenos que ocupara por sua conta, até então.

Com Enzo Pérez ao lado e mas com mais preocupações defensivas. Salvio e Lima dinamizaram o ataque dos encarnados, que passaram a ter, agora de forma efetiva, dois homens no ataque.

O assalto do Benfica à baliza do Olhanense trouxe mais velocidade e descobriu mais espaço às duas equipas. O Olhanense soube aproveitar esse adiantamento no terreno por parte dos encarnados e também colocou o último reduto dos algarvios em sentido.

Aos 69 minutos, o Benfica empatou, por Rodrigo: foi na sequência de um livre de Nolito, com amortecimento de Jardel, para a finalização do hispano-brasileiro. No minuto seguinte Lima falhou em boa posição, o que não se verificou, a três minutos do fim, quando emendou um remate

de Salvio, para dar a vitória à sua equipa.

A primeira de Jorge Jesus como treinador do Benfica, em jogos em Olhão.