Tomás Costa falou aos jornalistas esta quinta-feira, no Olival, e assumiu que o plantel está com vontade de abrir o champanhe mas perfeitamente consciente de que ainda há várias batalhas pela frente para que a festa do título de campeão nacional seja uma realidade.
«Este é mais um jogo [em contagem decrescente para o título]. Temos estado muito bem até agora e temos uma boa possibilidade de conquistar o título. Não sentimos que o campeonato terminou, nem que já somos campeões. Sentimo-nos muito fortes, sabemos que temos uma boa vantagem e temos que respeitar o que aí vem e fazer com que a vitória final seja segura. Queremos ir tranquilos ao jogo com o Marítimo», antecipou o jogador argentino.
Tomás Costa espera dificuldades frente ao Vitória de Setúbal e justificou essa opinião com o que aconteceu na Reboleira. «O Estrela também não estava muito bem e conseguiu vencer-nos no jogo da Taça. O Setúbal é um rival que respeitamos. Confiamos muito em nós e estamos preparados. Somos superiores, mas com o Estrela o jogo estava ganho antes de começar e depois não foi isso que se passou. Vamos entrar concentrados, sabendo que o F.C.Porto sempre cria muitas situações de golo e vamos tratar de as concretizar», assegurou o número 20.
«Vamos esforçar-nos o dobro para ser campeões»
As lesões de Lucho e Hulk foram tema recorrente na superflash e Tomy lamentou-as, mas não teve qualquer problema em assumi-las como força extra para o resto do plantel. «Vamos esforçar-nos o dobro para conquistar o título [face às circunstâncias]. Queremos demonstrar que há jogadores que os podem substituir e que têm muitas ganas de vencer. Vamos jogar o resto do campeonato a pensar neles, porque são tão campeões como os que vão jogar agora. Deram-nos muitas coisas, [Lucho e Hulk] fizeram-nos ganhar muitas partidas», reconheceu o médio argentino.
Jesualdo Ferreira terá obrigatoriamente que alterar a equipa base que tem vindo a apresentar. No entanto, ninguém no Dragão teme uma quebra que coloque em causa o Tetracampeonato.
«É verdade que sentimos a falta deles em campo porque estamos habituados a jogar com eles. Tanto a defesa como o ataque se sentem descansados [com Lucho e Hulk] porque são jogadores que têm muito a bola. Quando sai um jogador destes há que mudar rápido e é natural que se sinta a alteração, mas já passou, eles não estão disponíveis e os que estão têm que pensar unicamente em jogar e trabalhar durante a semana para chegar a domingo e ganhar», comunicou Tomás Costa.
«Adoramos jogar com o Dragão cheio»
O carinho dos portistas é fundamental para a equipa alcançar os seus objectivos. Faltam cinco jogos para o final do campeonato e Tomy só quer que eles passem rápido.
«É verdade que sentimos sempre o apoio dos adeptos e gostamos muito. Já disse mil vezes que adoramos jogar no Dragão, mais agora que estamos perto do fim e a tratar de sacar uma grande vantagem para acabarmos na frente mais tranquilos», confirmou o argentino, antes de assumir alguma ansiedade com a conquista do título. «Pode-se dizer que estamos um pouco ansiosos para festejar. Há aqui muitos jogadores novos... Eu próprio nunca fui campeão, é natural que esteja ansioso, mas os jogadores mais experientes falam muito connosco e lidamos bem. Estamos tranquilos», garantiu o polivalente jogador.
«Só Pepe pode explicar», diz Tomy quanto às agressões
A finalizar, o episódio protagonizado por Pepe foi lembrado por um jornalista. Tomás não se escusou a comentar mas não se alongou na análise por não conhecer o internacional português pessoalmente. «Não conheço o Pepe. Há que ver o momento do jogo, era um derby¿ É ele que tem de dizer o que lhe passou pela cabeça naquele momento, sinceramente não tenho nada a dizer sobre isso. Devem perguntar ao Pepe o que estava a sentir. A mim, apenas me pareceu algo forte», apontou Tomás.