O treinador Pako Ayestarán pretende uma equipa do Tondela «competitiva», para impedir que o Paços de Ferreira alcance a sexta vitória consecutiva na I Liga, no jogo entre ambos, da 17.ª jornada da prova.

«Uma equipa como o Paços de Ferreira, que tem nove vitórias, só consentiu 13 golos e tem 31 pontos, faz muitas coisas bem, não só defender, como também atacar, com profundidade em todas as alas. Então, para ter oportunidades, como em qualquer jogo, tens de competir», adiantou Pako Ayestarán.

Em conferência de imprensa de antevisão ao jogo de sexta-feira, pelas 21:00, no Estádio Capital do Móvel, frente ao Paços de Ferreira, o técnico espanhol admitiu que foram trabalhadas «diferentes opções» para o encontro com Pepa, antigo treinador do Tondela.

«Não creio que haja assim tantos jogadores da sua época, portanto, acredito que não é nenhuma vantagem, nem desvantagem. Hoje, já todos nos conhecemos muito e estou seguro de que prepararam o jogo muito bem para tratar de conseguir a sua sexta vitória consecutiva e nós procuraremos que isso não aconteça», admitiu, frisando também que «os treinadores evoluem».

«Desde que passou por aqui, estou seguro de que não é o mesmo treinador, que evoluiu em todos os níveis. Como se diz em informática, é Pepa 1.1, 1.4, 1.5, portanto, não há nenhuma vantagem», disse.

O treinador reconheceu que a posição na tabela classificativa, a terminar a primeira volta do campeonato, «é indiferente», mas não escondeu o desejo de «finalizar ganhando o jogo» frente ao Paços de Ferreira.

«O que é importante, e que eu disse aos jogadores, é que para ganhar um jogo há que fazer muitas coisas bem e há que trabalhar muito. Temos de fazer muitas coisas com "c" como competir e colaborar», assinalou.

Neste sentido, explicou que os jogadores «devem competir consigo mesmos, todos os dias, e entre si, mesmo os jogadores da mesma posição, porque isso faz com que aquela equipa evolua» e é «necessário colaborar no campo como uma verdadeira equipa para competir frente ao rival».

Pako Ayestarán, que ainda não consegui nenhuma vitória fora de casa nesta época, disse não haver «nenhuma explicação lógica», tendo como única justificação a capacidade dos jogadores em «controlar melhor em casa alguns detalhes que, por vezes ditam as vitórias.»