Pako Ayestarán, treinador do Tondela, na flash interview à SportTv, após a derrota diante do Benfica, por 3-1:

«[Benfica foi mais intenso do que nos últimos jogos?] Tinha isso claro. As equipas grandes, depois destes momentos de dificuldade em que recebem críticas, reagem. Foi o que o Benfica fez hoje. Entrou muito intenso desde o início, acho que também entrámos bem, mas custou-nos muito fechar o meio, começaram a encontrar bolas nas costas dos médios, com Everton a receber por dentro e Gonçalo Ramos que deixava a nossa linha defensiva e nos dois primeiros golos demos facilidades. Entrou uma tabela demasiado fácil no primeiro golo e, no segundo, devíamos estar numa situação de dois contra um, mas a cobertura ficou muito longe e quem pressionou o Darwin não foi muito agressivo. A partir daí, logicamente, o jogo foi muito difícil para nós.

[Era importante adiar o golo e enervar a equipa do Benfica?] Sim. Conseguimos marcar primeiro, pena que tenha sido fora de jogo. E a partir daí, os nossos dois médios centro não foram suficientes para aguentar o meio-campo deles. Algumas vezes, custou-nos a chegar a Weigl na pressão. No meio-campo foram superiores a nós, não cobrimos bem as costas do meio-campo.

[Reta final do campeonato vai ser a sofrer?] É a história do Tondela. Estamos preparados para sofrer até ao fim, sabemos que vai ser duro. Não vão ser três ou quatro equipas, vão ser mais em luta até ao final. Vamos jogo a jogo e tratar de controlar as emoções.

[Ausências fizeram a diferença?] Há que enfrentar a realidade, temos um plantel muito equilibrado. Muitos deles quando têm de entrar dão a cara e hoje também o fizeram. Acredito que os que estão vão competir bem, mas tínhamos pela frente o Benfica, que entrou muito intenso. E quando a qualidade se une à intensidade sabes que vais ter dificuldades.»