Liliana Cá apontou este sábado como objetivo estar entre as oito primeiras da final do lançamento do disco nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, depois de ter sido oitava na qualificação, com 62,85 metros no segundo ensaio.

A atleta do Nova Luzes, de 34 anos, assegurou na sua estreia olímpica a presença na decisão do concurso, marcada para segunda-feira (12h00 em Lisboa), com uma das 12 melhores, enquanto Irina Rodrigues não foi além do 25.º lugar, com 57,03 metros.

«Na final espero passar para as oito primeiras, essa já era a minha medalha. E, se possível, com novo recorde nacional. Sempre pensei em chegar à final e no recorde nacional, porque sei que se isso acontecer poderei ir às medalhas», afirmou Liliana Cá, na zona mista do Estádio Olímpico.

A lançadora natural do Barreiro chegou a Tóquio2020 com a 12.ª melhor marca mundial do ano, com os 66,40 metros do recorde nacional alcançado em Leiria, a 6 de março último.

A qualificação ditou a eliminação da holandesa Jorinde van Klinken, detentora da melhor marca do ano (70,22), sem conseguir melhor do que 61,15 metros, o que lhe valeu o 14.º posto, num concurso em que apenas a norte-americana Valarie Allman e a indiana Kamalpreet Kaur alcançaram as marcas de qualificação direta, com 66,42 e 64,00, respetivamente.

A croata Sandra Perkovic, atual campeã olímpica, foi a exceção na razia ao anterior pódio olímpico, sendo a primeira repescada, com 63,75 metros, após a francesa e vice-campeã Mélina Robert-Michon não ter conseguido melhor do que o 15.º posto, com 60,88, e a cubana Denia Caballero, bronze no Rio2016, não ter ido além do 23.º, com 57,96.

A portuguesa Liliana Cá começou com 57,70, prosseguindo com 62,85 e um nulo. «Eu considero que foi muito positivo, porque é a minha primeira vez nos Jogos Olímpicos. Comecei muito nervosa, mas depois consegui relaxar. A mim, basta-me meter um [disco] dentro e o resto já é mais calmo, o primeiro deixa-me sempre mais tensa», explicou.

Tóquio2020 foi a primeira edição dos Jogos Olímpicos com duas portuguesas no concurso do lançamento do disco, disciplina em que os melhores resultados lusos foram alcançados pela anterior recordista nacional Teresa Machado, com o 10.º lugar em Atlanta1996 e o 11.º em Sydney2000.

Irina Rodrigues terminou a sua terceira presença olímpica no 25.º lugar, depois de ter sido 32.ª em Londres2012 e desistido no Rio2016, devido a uma fratura do perónio, já na Aldeia Olímpica.