Auriol Dongmo assumiu ter ficado triste com o quarto lugar no lançamento do peso a cinco minutos da medalha de bronze olímpica.

«Dói-me muito. Ficar em quarto lugar é a coisa mais horrível da minha vida. (...) Ainda custa mais ficar em quarto lugar e tão perto do terceiro», disse a atleta portuguesa ainda na zona mista do Estádio Olímpico de Tóquio.

Dongmo lançou o peso a 19,57 metros, distância insuficiente para bater a neozelandesa Valerie Adams, antiga bicampeão olímpica (2008 e 2012) que ficou com o último lugar do pódio.

«O quarto lugar é o pior, mas agora não há nada a fazer. Eu estava a sentir-me bem, mesmo no aquecimento, e depois não sei o que se passou. Há coisas que não consigo explicar, porque eu estava bem, mesmo com calor, que estava igual para todas. Eu estive focada até ao fim, com a esperança de que o melhor saísse até ao fim, a qualquer momento. Já fiz 20 metros em treino e estava com a esperança de que conseguia fazer hoje», lamentou Dongmo.

A atleta nascida dos Camarões, devota de Fátima, mostrou-se depois resignada com o desfecho da competição. «Tudo o que acontece na nossa vida é porque Deus quer. Não posso ficar chateada com Deus. Estou um bocadinho triste, com certeza, mas vai ser Ele que me vai dar forças para avançar», concluiu.