Chegar, ver e marcar! O Sporting Braga não esteve com contemplações, e ainda não estava decorrido o primeiro minuto já ganhava vantagem ao Olhanense, na corrida até aos oitavos de final da Taça de Portugal. Éder finalizou de cabeça com grande liberdade, após assistência de Alan. Os bracarenses saíram do jogo como entraram, com Rafa a carimbar a vitória, com dois golos nos últimos minutos.

Não só por esse avanço ganho bem cedo, mas também (muito) pela diferença de valores existente entre as duas equipas, os minhotos tornaram a primeira metade do jogo num autêntico passeio, que poderia ter causado estragos mais avultados na baliza de Belec, se a pontaria de Éder estivesse melhor calibrada, aos 14 e aos 22 minutos. E, novamente, sem estar sujeito a grandes apertos, rematando sem oposição.

Os algarvios - que perderam Jander pouco depois do primeiro quarto de hora, quando ressentiu-se de uma queda anterior que lhe magoou o ombro esquerdo, tendo mesmo que abandonar o estádio de ambulância em direção ao hospital de Faro – tiveram muitas dificuldades em tentar entrar no jogo, manietados pela organização da equipa de Jesualdo Ferreira, que evitou a circulação de bola na zona intermédia. E, sem um organizador com competências para a função - Rui Duarte está lesionado - tudo torna-se mais complicado. O recurso passou pelo jogo direto, olhando sempre para Dionisi e Mehmeti.

Mesmo assim os algarvios até poderiam ter ido para o descanso em igualdade, se Regula tivesse calma para marcar, quando teve a baliza aberta (34), desperdiçando a única oportunidade do Olhanense, antes do intervalo.

No recomeço Alan podia ter sentenciado a eliminatória (48), rejeitando essa possibilidade ncom um falhanço incrível, quando tinha a baliza aberta.

O desperdício de Alan acabou por ter valor acrescentado para os algarvios, porque dois minutos depois Regula empatou: Dionisi esburacou a defesa minhota com um passe que deixou o médio apenas com Eduardo pela frente, finalizando com um remate rasteiro.

O empate deu moral aos jogadores do Olhanense, que acreditaram ser possível inverter a tendência da eliminatória. A aproximação à baliza de Eduardo aumentou-lhes as possibilidades de êxito, mas também deram espaço aos bracarenses, ganhando com isso, os cerca de dois mil espetadores presentes no José Arcanjo, com o crescendo de situações iminentes de golo. Alan voltou a não ser feliz, quando aos 75 minutos rematou à barra da baliza de Belec, numa das várias oportunidades que, quantitativamente, validaram a supremacia bracarense. Mas já sem a tranquilidade inicial, por via de uma maior desenvoltura dos algarvios nas transições, que saíam mais rápidas, mas deficitárias em perigosidade.

Belec foi adiando a supremacia do Sp. Braga com defesas (quase) impossíveis, principalmente nos últimos dez minutos, quando os minhotos forçaram o assalto à sua baliza. A impotência do esloveno aconteceu a três minutos do fim do tempo regulamentar, num remate de Rafa, com força suficiente para não ser travado pela palmada que Belec lhe deu, não impedindo que entrasse.

Rafa voltou a brilhar nos descontos, quando aproveitou a subida do guarda-redes da equipa algarvia, na marcação de um canto, tingindo o marcador com números mais consentâneos à superioridade da sua equipa.