FIGURA: Caetano

16 minutos entusiasmantes na esquerda do ataque, até rematar para o fundo da baliza de Adriano e colocar o Paços de Ferreira nas meias-finais da Taça de Portugal. Uma aposta mais do que feliz de Paulo Fonseca. Está a exigir mais minutos de competição.

MOMENTO: minuto, Caetano decide

O Paços desperdiçara a vantagem no marcador e no número de jogadores. O prolongamento parecia um dado adquirido, mas o pequeno avançado não deixou e decidiu tudo no derradeiro suspiro.

NEGATIVO: Yero

Azar e uma boa dose de aselhice no autogolo. Fez-se à bola, nas alturas, e cabeceou para a própria baliza sem dar hipóteses a Adriano. É um gigante que intimida, mas revela ainda limitações cruciais na relação com a bola. Principalmente ao nível da receção. Precisa de fazer golos, muitos golos, na baliza certa de forma a ganhar confiança. Tentou redimir-se num pontapé à meia-volta, mas o lance morreu nas malhas laterais. Aos 51 minutos falhou escandalosamente o empate, ao atirar ao lado na pequena área. Mal.

Veja como foi o jogo AO MINUTO

Vítor

Falhou mais passes do que habitualmente, não acertou nos remates e, mesmo assim, foi o melhor do Paços de Ferreira. A classe deste médio seduz, enfeitiça, está presente nos mais subtis pormenores. Até nos roubos de bola. Vítor tem a categoria de roubar sem tocar na vítima. Se sair da Mata Real em janeiro, que seja para um clube de topo. Merece.

João Vilela

Regresso anunciado e há muito desejado em Barcelos. Dá mais segurança na posse de bola e fiabilidade à ligação entre o meio-campo e o ataque. Teve uma iniciativa fantástica, ao colocar a bola por um lado de Antunes e a arrancar pelo outro até ao remate. Já na fase final dos 90 minutos, fez de cabeça o 1-1 após canto na direita. Não está bem fisicamente, isso é evidente, mas pode formar com César Peixoto e Luís Manuel um trio extremamente competitivo.

Luís Martins

Aquisição muito interessante. Sem espaço no Benfica de Jesus, pese embora as boas indicações dadas na época anterior, o esquerdino encontrou no Gil Vicente um espaço para a afirmação pessoal. Fez bem e tem tudo para ser feliz. Começou a extremo esquerdo e baixou para lateral a meio da primeira parte. Veloz, ofensivo, teve a capacidade de chegar várias vezes à linha de fundo e cruzar. Numa dessas iniciativas ofereceu o empate a Yero e o senegalês fez o impossível. Paulo Alves tem aqui uma peça de qualidade para qualquer lugar do flanco esquerdo.

Josué

Início assombroso. Passes longos medidos ao milímetro, dribles, toque de primeira e o livre batido para a cabeça desorientada de Yero no 1-0. Baixou de nível com o avançar dos minutos, afetado pela enxurrada que afetou toda a sua equipa. Atravessa um grande momento e Paulo Fonseca entregou-lhe uma das alas do ataque, apesar de usar esse lugar apenas como plataforma de arranque. É um jogador a seguir com atenção redobrada nesta segunda fase da época.