Premier League, La Liga, Serie A, Bundesliga e Ligue 1, são os cinco maiores campeonatos da Europa – as chamadas «Big-5», as ligas de Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França, respetivamente. Em conjunto, os clubes destes cinco campeonatos movimentaram valores acima dos três mil milhões de euros na última janela de transferências, neste verão de 2015.

Na maior parte – quase três quartos – o dinheiro continua entre eles – pouco é movimentado com outras ligas.

Um estudo do «CIES – Football Observatory» publicado nesta semana estima em 3.292.000.000 de euros o dinheiro movimentado no último período de transferências (que terminou, regra geral, em 31 de agosto). Daquele valor, 2.360.000.000 de euros foi movimentado dentro do espaço dos cinco maiores campeonatos.

Entre clubes de uma mesma liga das «Big-5» foram feitas transferências num valor total de
1.145.000.000 de euros. Entre clubes de diferentes ligas das «Big-5», o valor das transferências foi de 1.215.000.000, como concretiza o CIES.

Assim, sobram menos de mil milhões de euros – 932.000.000 de euros em concreto – movimentados entre clubes dos cinco campeonatos mais ricos e os outros. As transferências nacionais (ou internas) entre um clube de uma liga das «Big-5» e outro de uma divisão inferior do mesmo país movimentaram 161.000.000 de euros.

No que respeita às transferências internacionais envolvendo as «Big-5» as contas ficaram feitas da seguinte forma: as transferências com clubes de outras divisões de um país de uma «Big-5» cifraram-se nos 70.000.000 de euros; com outros clubes da zona UEFA, em 591.000.000 de euros; e com clubes fora da UEFA, em 110.000.000 de euros.


Diagrama do estudo do CIES

Percentualmente, as cinco principais ligas da Europa, neste verão de 2015, movimentaram entre si 72% do dinheiro das suas transferências negociando apenas 28% com campeonatos fora do seu espaço. E esta é uma tendência crescente de acordo com a última janela de transferências. No período entre 2010 e 2015, a percentagen de gastos com contratações pelos clubes das «Big-5» é de 68% nas movimentações entre si e de 32% com os outros.

Por país [de acordo também com outro relatório anterior do CIES], a liga inglesa foi a que investiu mais em transferências neste verão com valores na ordem dos 1,3 mil milhões de euros – quase metade do total. A liga espanhola andou na ordem dos 570 milhões de euros; a italiana, na ordem dos 670 milhões de euros; a alemã, nos 415 milhões de euros; e, a francesa, nos 330 milhões de euros.

Nas tabelas que referem entradas de dinheiro, lucros e perdas, o relatório do CIES tem o Monaco como o clube que mais dinheiro fez com a saída de jogadores – um top de receitas no qual o FC Porto aparece entre os cinco primeiros e o Benfica nos dez (os únicos emblemas que não são das «Big-5»). O clube monegasco é também o que tem mais lucros, pois gastou muito menos em contratações do que recebeu. No sentido inverso do balanço está o Manchester City, pois o clube inglês gastou muito mais a comprar do que recebeu a vender.

Um dos exemplo das contratações do City é Kevin de Bruyne [na capa do artigo], a transferência mais cara do último defeso, no valor de 74 milhões de euros pagos ao Wolfsburgo – tendo em conta que Anthony Martial está tabelado em 50 milhões de euros que ainda não se transformaram nos 80 que a mudança do Monaco para o Machester United comtempla contratualmente.



«Top 10» das receitas:
1. Monaco, 203 milhões de euros
2. At. Madrid, 106
3. Wolfsburgo, 103
4. FC Porto, 100
5. Inter, 98
6. Liverpool, 97
. Manchester United, 97
7. Roma, 83
8. Juventus, 76
9. Valencia, 65
10. Benfica, 60

«Top 10» dos lucros:
1. Monaco, 121 milhões de euros
2. Wolfsburgo, 46
3. Palermo, 44
4. Málaga, 30
5. Sevilha, 29
6. Hoffenheim, 27
7. Marselha, 23
8. Udinese, 21
9. Maiz, 20
10. Augsburgo, 15

«Top 10» das perdas:
1. Manchester City, 166 milhões de euros
2. Paris Saint-Germain, 99
3. Manchester United, 93
4. Milan, 81
5. Real Madrid, 74
6. Newcastle, 66
. Valencia, 66
7. Bayern Munique, 65
8. Juventus, 62
9. Chelsea, 53
10. West Bromwich, 44