Crónico campeão da Alemanha e atual campeão europeu, o Bayern Munique é também um dos clubes mais poderosos do Mundo no plano financeiro.

Ainda assim, não está disposto a cometer «loucuras» no mercado. Nem mesmo se o alvo se chamar Kylian Mbappé, um dos jogadores mais cobiçados e cujo contrato com o Paris Saint-Germain chega ao fim dentro de um ano e meio. Quem o garante é Karl-Heinz Rummenigge, CEO do gigante da Baviera. «Adoro Mbappé e a forma como joga, mas nunca seremos capazes de trazê-lo para o Bayern. Além disso, ele está bem onde está e o Nasser [Al Khelaifi, presidente dos franceses) é um bom amigo. Não vou incomodá-lo com este assunto», afirmou o dirigente.

Rummenigge abordou ainda a vitalidade atual dos clubes, que passaram a ter menos fontes de receitas após o início da pandemia da covid-19, que se arrasta desde o início do ano. «Temos de ser muito cuidadosos nos nossos gastos», reconheceu. «Gastámos muito dinheiro e pagámos 80 milhões de euros pelo Lucas Hernández [n.d.r.: no verão de 2019 ao Atlético Madrid]. Hoje seria metade. O mercado de transferências caiu 50 por cento no verão.»

Ainda assim, o CEO do Bayern considera que, apesar dos efeitos nefastos que trouxe, fez regressar algum equilíbrio ao futebol e que isso é «uma boa notícia». «Antes da crise, o futebol perdeu a cabeça. Houve uma inflação galopante depois das transferências do Neymar e do Mbappé para o PSG há três anos. É bom saber que isso acabou. Os clubes estão a ser mais cautelosos com os seus gastos.»