Não há crise que chegue aos ricos de futebol. 2014 bateu todos os recordes de dinheiro gasto em transferências nas cinco principais ligas do planeta, segundo os dados revelados num novo relatório da FIFA TMS, a subsidiária da FIFA que centraliza todas as transferências internacionais. Ao todo foram 2,3 mil milhões de dólares (cerca de 1,8 mil milhões de euros).

Esta análise centra-se nas cinco grandes Ligas: Inglaterra, Espanha, Alemanha, França e Itália. Que são, essencialmente, os grandes atores do mercado. No verão de 2014, as «Big 5» foram responsáveis por 82 por cento do total de dinheiro gasto em transferências internacionais em todo o planeta. Os 2,33 mil milhões de dólares gastos representam um aumento de 15 por cento em relação a 2013.

Isto apesar do desinvestimento da França, que tinha sido o maior gastador no ano passado, muito à custa de PSG e Mónaco, este ano bem mais discretos. Sobretudo os monegascos. À cabeça dos gastos surge, como de costume, a Premier League, que gastou nada menos de 987 milhões de dólares (760 milhões de euros).



Enorme investimento também o da Espanha, a crescer muito em relação a 2013, muito inflacionado, claro, por transferências como a de James Rodriguez para o Real Madrid ou Luis Suarez para o Barcelona. Mas a Liga espanhola quase equilibrou a balança. Gastou 658 milhões de dólares, mas também ganhou muito. Nada menos que 651 milhões, o valor mais alto alguma vez registado por um país numa janela de transferências. Como dizem, dinheiro atrai dinheiro.

Quanto à Bundesliga, gastou mais este verão do que há um ano, mas continua bem longe dos valores da Premier League e da Liga espanhola.

Os valores em causa dizem respeito a mais jogadores contratados, este ano foram 1258, mas o aumento é bem menor do que o dos valores gastos. Ou seja, em média os «Big-5» gastaram mais dinheiro por menos jogadores.



O relatório do FIFA TMS destaca de resto o acentuar de outras tendências no mercado de transferências, nesta primeira análise ao verão de 2014. Entre elas o «aumento do envolvimento de intermediários e comissões». Também nota que há um «aumento firme do número de empréstimos».