O Dínamo de Moscovo, terceiro classificado da última edição do campeonato da Rússia, parece ter colocado um ponto final no fluxo constante de jogadores oriundos do futebol português. No final da semana passada, o clube anunciou a dispensa de Custódio e Cícero, os últimos resistentes lusos.
Numa entrevista colectiva para fazer o balanço da temporada, o treinador Andrey Kobelev explicou a aposta falhada em Custódio, actualmente com 25 anos. «No Verão de 2007, sentimos a necessidade de garantir reforços, porque não tinhamos banco, jogadores de reserva. A prospecção não funcionava, portanto tivemos de recorrer a empresários. Então, aconselharam-nos o Custódio, internacional nas camadas jovens e capitão do Sporting», começou por dizer.
«Por alguma razão, ele não estava a jogar há meio ano. Ficámos desconfiados, mas vimos alguns vídeos e gostámos do seu jogo. Veio para a Rússia mas não conseguiu entrar na equipa, por causa do seu estilo de jogo. Participa bem na defesa, mas é pouco criativo, isso pára o jogo. O Custódio foi um erro nosso. Depois desse caso, deixámos de contratar jogadores apenas por DVD», acrescentou Andrey Kobelev.
O treinador do Dínamo de Moscovo também falou sobre Cícero, antigo avançado do Sp. Braga, actualmente com 22 anos: «O caso do Cícero é diferente. Este ano, não jogou devido a lesão. Teve uma fractura de stress, ninguém sabe muito bem como, e esteve muito tempo em Portugal a tratar disso. É um jovem, não tenho grandes queixas a fazer, mas como avançado tem tido azar na finalização. Em quatro anos no Dínamo, marcou poucos golos.»