O Recreativo de Huelva e o Bolton deram esta terça-feira o pontapé de saída para a XLII edição do Troféu Colombino. A equipa espanhola venceu por 3-2 e está na final do seu torneio, à espera de uma festa onde o Sporting vai tentar estar depois de amanhã defrontar o Sevilha.
Dois sistemas diferentes frente-a-frente; melhor o dos espanhóis. O Recreativo aposta num 4x2x3x1 enquanto O Bolton joga em 4x3x3. Os anfitriões deram menos espaços, os ingleses concederam mais.
O Recreativo joga com um futebol mais apoiado; o Bolton joga mais directo. Em consequência destas duas disposições a equipa espanhola conseguiu criar mais ocasiões de golo.
E acabou por sair ao intervalo a vencer justamente, com um golo de Calle a fazer uma recarga a um cabeceamento de Vazquez que foi devolvido por Aboulame na sequência de um canto (22 min). O número 15 do Recreativo, Viqueira, a distribuir o jogo e o número 8, Cazorla, como segundo ponta-de-lança a desequilibrar no último terço, viram materializada a supremacia que mostraram.
Do lado do Bolton, poucos apontamentos ia havendo para registar na equipa de Ricardo Vaz Tê. O jogador português, a exemplo dos companheiros de equipa, esteve apagado e raras foram as ocasiões em que os ingleses conseguiram acertar na baliza adversária.
Depois da única oportunidade da primeira parte desperdiçada para uma defesa fácil, parecia difícil um golo inglês. Mas o guarda-redes do recreativo, Vallejo, facilitou num remate de longe e jogou a bola para a frente de Nolan, que não perdeu a hipótese de igualar (49 min).
Em ritmo lento até aos penalties... ou talvez não
Sam Allardyce já tinha mexido na equipa ao intervalo, mas o empate não deixou de acontecer em forma de brinde. Marcelino Toral, como treinador da equipa anfitriã, não quis desiludir os adeptos e só fez alterações por força do resultado e não ligando às habituais vicissitudes dos jogos de pré-poca (que o Bolton permitiu mais que acontecessem).
O Recreativo recuperou pouco depois a liderança do marcador (52 min). Um rasgo de garra andaluza resultou no penalty com que Calle fez o seu segundo. A equipa inglesa, ficou a perder, mas foi ficando a ganhar em frescura física, pois mexeu bem mais na equipa.
E com o jogo equilibrado, o guarda-redes espanhol (com muitas deficiências técnicas) voltou a estar em destaque novamente pelas piores razões, pois, desta vez, um «frango» permitiu novo empate para o Bolton, com Nolan também a «bisar» (69).
A partir daqui, as equipas estavam novamente igualadas. E foi quando Vaz Tê deixou o jogo substituído para ter descanso. O controlo do jogo era dividido. E as ocasiões, sem os brindes em forma de excepção e em ritmo cada vez mais lento, eram cada vez menos. A solução para um vencedor parecia estar nos penalties.
A não ser que houvesse mais um lance inusitado. Assim foi. Livre junto ao lado direito da área inglesa, cobrança atrasada para a meia-lua e remate de Vazquez. Só que foi necessário um desvio em Smith para tirar o guarda-redes Jussi do lance. E assim ficou feito o resultado (aos 89 min) com a equipa da casa a festejar a presença na final, à espera de Sporting ou Sevilha.