Hulk e Sapunaru foram castigados numa moldura legal com penas abaixo dos mínimos previsto pelos regulamentos, uma vez que foram tidas em conta atenuantes no processo pelo facto de ter ficado provado que houve «provocações» da parte dos «stewards» que estavam no túnel da Luz.
O quadro legal previa castigos de seis meses a três anos mas, neste caso, previsto nos regulamentos na figura jurídica de «atenuação especial de pena», foi reduzido a metade. Segundo explicou o presidente do CD, Ricardo Costa, as provocações no túnel «não resultaram de um único acto, mas de uma conjugação de actos».
O dirigente explicou que «não houve insultos, nem agressões» da parte dos stewards, mas sim uma «discussão verbal com o chefe de segurança do F.C. Porto», Fernando Oliveira, e «uma interpelação verbal», além de uma «actuação física menos própria e menos adequada» para as funções do Stewards que o CD classificou como «provocatória».
Ricardo Costa fez questão de salientar que «houve uma violação do dever de manter a ordem e disciplina no túnel de acesso aos balneários». Apesar do Benfica ter cumprido com todos os trâmites com a Liga e com a Polícia de Segurança Pública, «houve uma conduta negligente, excessiva e inadequada» da parte dos stewards. «Sendo pessoas treinadas, não podem ter determinadas condutas. Não podem ser excessivos no zelo com que exercem as funções», acrescentou.
Neste aspecto, o Benfica foi condenado a pagar uma multa de 1.500 euros. «Condenámos o clube de acordo com o que o Regulamento Disciplinar permite, com uma multa que vai até 2.500 euros», destacou ainda Ricardo Costa.