Só os mais atentos, sobretudo se forem adeptos do F.C. Porto, se lembrarão de um tal Rúben Brígido, médio de apenas 19 anos, que se estreou na Liga na última jornada da Liga passada, diante dos dragões. Foi a surpresa de Lito Vidigal no onze inicial mas que rapidamente convenceu depois de alguns apontamentos de qualidade, a justificarem muita atenção no futuro.

A SAD do clube do Lis não perdeu tempo e acaba de renovar o contrato do jovem atleta, até 2015, blindando-o com uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros, soma invulgar para um jogador fora do ciclo dos três grandes. Nada que tire o sono a Rúben Brígido, tal como o próprio explicou em conversa com o Maisfutebol.

«Não dou grande importância a esse facto. Vejo isso como uma prova de confiança da SAD em mim. Não é normal mas só tenho de continuar a trabalhar para justificar essa aposta. Mais responsabilidades? Todos os novos contratos trazem novas responsabilidades e não será isso que irá afectar o meu desempenho diário», assegura o Nedved do Lis.

A alcunha, recebida quando estava nas camadas jovens da U. Leiria, foi o primeiro factor de notoriedade quando transitou, em Janeiro, para o plantel sénior. A razão do nome de guerra compreende-se mal se olha para ele: «Começaram-me a chamar assim quando cheguei a Leiria, para os juvenis. Penso que é pelas semelhanças físicas e não tanto pelo estilo de jogo. Foi um jogador fantástico e ser comparado a ele é, logicamente, uma honra.»

«Bebé só há um de 30 em 30 anos»

As cláusulas de rescisão servem, na maioria das vezes, para precaver os clubes quanto à possível saída de jogadores a custo zero ou por valores pouco interessantes mas há casos em que os montantes são atingidos, apesar de bastante elevados. Rúben Brígido não acredita que isso possa acontecer consigo, apesar de uma situação muito recente.

«Também não acreditava que pagassem a cláusula do Bebé, um jogador que nem tinha ainda jogador na Liga, mas a verdade é que o Manchester United não hesitou. É difícil passar-se o mesmo comigo. Não acredito mesmo. Eu conheço o Bebé, defrontei-o pelos juniores da União. Já nessa altura era muito forte. Mas caso como o dele, só há um de 30 em 30 anos.»