N¿Doye
Está claramente a subir de forma, começa aliás a aproximar-se do jogador que o futebol português aplaudiu na época passada e com isso o Penafiel transfigura-se para muito melhor. Voltou a jogar sobre a esquerda do ataque e, tal como tinha feito por exemplo em Barcelos na segunda parte, partiu desse espaço para cima da baliza adversária, arrancando em velocidade, em técnica e em pujança física para a criação de jogadas de perigo. Laranjeiro nunca o conseguiu segurar e com isso abriu um buraco por onde o Penafiel levou o perigo à baliza de Costinha. O guarda-redes leiriense foi aliás o único que conseguiu impedir que a exibição inspirada de N¿Doye colhesse resultados para o Penafiel. Por duas vezes, principalmente numa delas, impediu que o senegalês marcasse com defesas espectaculares. Quando a equipa já parecia condenada apareceu a cruzar com açúcar para Bibishkov empurrar para o golo do empate.
Bibishkov
Não teve um jogo nada fácil, ele que desta vez até contou desde início com o apoio de Roberto para a luta muito física no meio dos centrais. As marcações apertadas e a falta de imaginação condenavam-no a um esforço inglório, que chegou a fazer prever o pior, mas que acabou por trazer justiça, curiosamente já depois da saída de Roberto, quando fugiu à marcação e apareceu a empurrar para golo um centro açucarado de N¿Doye.
Fábio Felício
Entrou a meia-hora do fim, numa altura em que era preciso inverter a tendência do jogo que apontava cada vez mais para a superioridade do Penafiel. Curiosamente até o conseguiu. Ele e Miramontes, os dois que entraram em jogo. Mas sobretudo ele, que deu velocidade ao lado esquerdo, que trouxe vivacidade ao ataque e até que marcou o golo que quase deu a vitória, num remate de ressaca seco e forte, indefensável portanto.
Costinha
Começou por ter uma primeira parte tranquila, na qual apenas teve que se aplicar a um remate de Bruno Amaro, nada portanto que indicasse o trabalho que ia dar a segunda. Mas deu e Costinha mostrou ao treinador que pode dormir descansado quando Fernando está lesionado. Mostrou-o por exemplo em remates de N¿Doye e Cristóvão, mas brilhou sobretudo num voo admirável a defender um tiro pouco antes do mesmo N¿Doye.
Cristóvão
Começou o jogo no banco, mas saltou para dentro de campo logo no reatamento da partida e a sua entrada provocou de imediato a transfiguração do Penafiel. Posicionou-se no lado direito e com isso trouxe velocidade ao ataque, trouxe agressividade, abriu o jogo e empurrou a U. Leiria para trás. O Penafiel teve então nesse período a melhor fase do jogo, e Cristóvão ficou mesmo perto do golo num remate que Costinha defendeu.