A SAD da União de Leiria anunciou neste sábado a intenção de processar o presidente do Sindicato de Jogadores por difamação, na sequência da entrevista concedida à TVI.
Presente no «Jornal das 8», Joaquim Evangelista garantiu que os dezasseis jogadores que rescindiram os contratos não vão marcar presença no jogo com o Feirense, marcado para este domingo, devido à existência de cinco meses de salários em atraso. Para além disso, o líder sindical voltou a fazer referência a «contratos paralelos» no clube, «através de direitos de imagens transferidos para off-shores».
A resposta surgiu em comunicado divulgado no Facebook, com a SAD leiriense a garantir que são três os meses de salários em atraso. A sociedade entende ainda que os jogadores «estão a ser coagidos» por Joaquim Evangelista para «contra sua vontade, não comparecerem ao jogo», e decidiu «intentar procedimento judicial por crime de difamação».
Em sintonia com o que já tinha afirmado João Bartolomeu, presidente demissionário, o comunicado garante também que a SAD não recebeu qualquer documento relativo às rescisões, pelo que «não reconhece eficácia jurídica a essa pretensão».
Os contratos dos dezasseis jogadores são, por isso, considerados «válidos e eficazes», pelo que a eventual ausência do jogo «constituirá falta injustificada e dessa forma, motivo para instauração dos competentes procedimentos disciplinares e judiciais indemnizatórios».
A fechar, a SAD da União de Leiria alega que está a ser envolvida, juntamente com os jogadores, em «meros joguetes numa guerra de poder entre a FPF e a LPFP, onde se pretende a extinção desta, tendo por pano de fundo o controle dos direitos de transmissão televisiva, onde o SJPF é parte interessada enquanto entidade beneficiada com uma indevida percentagem».