F.C. Porto e Benfica poderão estar juntos esta sexta-feira, em Nyon, quando a UEFA decidir o recurso portista sobre a suspensão das provas europeias em 2008/09.
A UEFA chamou os responsáveis dos dois clubes, bem como o Vitória de Guimarães, clube que pode beneficiar com a pena do F.C. Porto, e o assessor jurídico da Federação Portuguesa de Futebol, João Leal.
O organismo que dirige o futebol europeu entende que todos são parte interessada nesta questão. Os «encarnados» ainda não decidiram se estarão presentes em Nyon.
F.C. Porto, FPF e, eventualmente, Benfica e Vitória de Guimarães, serão ouvidos na sexta-feira de manhã pelo Comité de Apelo da UEFA. A decisão será conhecida ao princípio da tarde. Caso se mantenha a suspensão, o F.C. Porto poderá ainda recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto.
Conselho de Justiça pode anular tentativa de corrupção
O F.C. Porto pediu à Direcção Executiva da Liga que informasse se a sentença da Comissão Disciplinar que puniu o clube por tentativa de corrupção já transitou em julgado. De acordo com um parecer de Rui Sá, consultor jurídico da entidade que dirige o futebol profissional, a sentença que subtraiu seis pontos ao campeão nacional ainda não transitou em julgado. O recurso de Pinto da Costa poderá, caso seja entendido como procedente pelo CJ, anular a decisão da CD.
Na prática, diz a Liga na resposta enviada ao clube azul-e-branco, se o CJ considerar que Pinto da Costa não é culpado de tentativa de corrupção então o F.C. Porto também não poderá ser punido por algo cuja autoria está imputada ao seu presidente. Logo, se Pinto da Costa for inocente, o clube também será. O presidente da Comissão Disciplinar da Liga não foi chamado a pronunciar-se.
O Benfica também não tem estado parado. De acordo com o que Maisfutebol apurou, os «encarnados» solicitaram ao Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol uma certidão em que ficasse clara a data em que transitou em julgado a sentença da Comissão Disciplinar que pune o F.C. Porto.
Na resposta, a FPF informou o Benfica de que só poderá dar uma resposta no prazo de dez dias úteis. O presidente dos «encarnados» ficou incomodado com o facto e na segunda-feira à tarde dirigiu-se mesmo à sede da Federação em busca de explicações.