Platini fez estas sugestões num livro - «Parlons Football» («Falemos de Futebol»), publicado hoje.
O responsável quer que as equipas «possam fazer duas substituições ao intervalo, mas mantendo sempre a possibilidade de três [outras] substituições no decorrer do jogo».
«O jogo assim não sofreria a desvantagem das interrupções, mas apenas modificações. [...] As equipas têm plantéis numerosos e convém ter isso em consideração», sublinhou.
Para lutar «contra a atual mania de contestar as decisões do árbitro», que está a tornar-se «uma verdadeira epidemia», Platini propõe «a criação de um cartão branco», para assinalar uma expulsão temporária de dez minutos no banco.
«Não confundir isto de maneira nenhuma com o cartão amarelo, que se destina às faltas durante o jogo», salientou Michel Platini.
No que toca ao papel dos árbitros, o presidente da UEFA quer que os dois «juízes» colocados nas linhas de fundo possam entrar em campo, caso seja necessário. Platini também quer abolir o limite de idade dos árbitros.
Mais complexo é o conceito de evitar «a tripla penalização» - penálti, expulsão e posterior suspensão - para um jogador que cometa uma falta dentro da área quando já é o último defesa.
O presidente da UEFA considera que quando o último defensor comete uma falta, deve haver tratamento disciplinar distinto consoante a falta é dentro ou fora da área. Ou seja, dentro da área deve haver lugar a penálti e amostragem de cartão amarelo; no caso de a falta ser fora da área, então deve ser marcado livre direto e o jogador faltoso deve ser expulso.
Platini também gostaria de modificar o International Board, o órgão que regula as leis do jogo do futebol, e aceita ou rejeita eventuais alterações.
O responsável da UEFA diz que a composição do Board deve passar a incluir «antigos jogadores e técnicos de renome, sob a forma de uma Academia, com direito a quatro votos». Os membros atuais - oito representantes das associações de futebol britânicas - manter-se-iam como até aqui.
Entretanto, Michel Platini, lamentou que a FIFA, no seu entender, funcione frequentemente como «uma máquina eleitoral ao serviço da manutenção de um homem. (...) É a sua principal característica».
Joseph Blatter é presidente da FIFA desde 1998, mas trabalha na no organismo - em variados cargos - há mais de 40 anos. «Não virá desta longa prática do poder uma vontade e uma capacidade de o conservar a todo custo?», questiona, no livro publicado.
Joseph Blatter é presidente da FIFA desde 1998, mas trabalha na no organismo - em variados cargos - há mais de 40 anos. «Não virá desta longa prática do poder uma vontade e uma capacidade de o conservar a todo custo?», questiona, no livro publicado.
Platini também lamenta que a FIFA - uma entidade «que vive a anos-luz do futebol dos nossos dias» - se tenha tornado «o patrono das federações, de quem, originariamente, era empregado».
A FIFA, salientou o antigo jogador, «prospera graças ao maná que representa o Campeonato do Mundo de futebol, a cada quatro anos, mas ao mesmo tempo tem as federações [na mão] através da redistribuição deste mesmo maná».