O primeiro objetivo está cumprido: Portugal está apurado para as meias-finais do Europeu de sub-21 e consequentemente apurado para o torneio olímpico de futebol nos Jogos Olímpicos de 2016. Mesmo com um nível exibicional aquém do que já mostrou ser capaz de fazer, a equipa das quinas acabou por vencer o Grupo B, fechando a fase de grupos com um empate a uma bola que apurou também o adversário, a Suécia.
 
De pouco valeu à Itália a vitória sobre a Inglaterra, no outro jogo do grupo (3-1). Ainda que o golo de Gonçalo Paciência, ao minuto 82, tenha deixado a Suécia em cenário de eliminação. Só que as esperanças italianas foram desfeitas sete minutos depois, quando Tibbling, outro jogador saído do banco, garantiu o empate sueco. Um golo que nada alterava as contas da seleção portuguesa, que venceu na mesma o grupo e vai agora defrontar a Alemanha.

FILME DO JOGO
 
Rui Jorge recuperou o «onze» do primeiro jogo, com Ricardo Pereira e Ivan Cavaleiro na frente, e Portugal entrou bem no jogo. Logo aos oito minutos criou uma ocasião flagrante de golo, mas William Carvalho tentou fintar Carlgren e foi desarmado pelo guarda-redes.
 
Seguiram-se duas tentativas de fora da área que não passaram longe da barra sueca, protagonizadas por Sérgio Oliveira (14m) e Ricardo Pereira (17m).
 
O primeiro sinal de perigo da Suécia foi protagonizado pelo benfiquista Lindelof, que cabeceou por cima após livre na esquerda (28m). Mas só à beira do intervalo é que José Sá foi testado pela primeira vez, com um remate de longe de Khalili.
 
Foi uma primeira parte relativamente tranquila para a defesa lusa, mesmo com a saída por lesão de Tiago Ilori, substituído ao minuto 29 por Tobias Figueiredo.

Emoção dada pelos bancos antes do «acordo» final
 
No início da segunda parte a Suécia apareceu melhor, porém, e logo ao minuto 52 esteve muito perto do golo, com um cabeceamento picado de Thelin que passou ligeiramente por cima da barra. Os remates de Guidetti (53m) e Khalili (59m) foram menos perigosos, a seguir, mas representam um período em que a seleção orientada por Hacan Ericson foi superior.
 
Portugal só criou perigo real ao minuto 77, num lance em que Gonçalo Paciência desarma Baffo junto à linha de fundo e serve Iuri Medeiros, que remata em jeito para mais uma defesa de Carlgren.
 
Mas os dois jogadores lançados por Rui Jorge na segunda parte estariam, depois, associados ao golo português. Estavam cumpridos 82 minutos quando Iuri recebeu a bola na direita e encontrou Gonçalo à entrada da área. O ponta de lança tirou Milosevic da frente e rematou forte para o fundo da baliza.
 
A vantagem lusa afastava a Suécia das meias-finais, mas a equipa escandinava ainda teve forças para evitar a eliminação. Começou por ameaçar o empate ao minuto 88, num lance em que Guidetti explora um desequilíbrio na defesa portuguesa e obriga José Sá a defesa apertada, complementada depois com um corte na antecipação de Esgaio, a evitar a recarga.
 
Mas no minuto seguinte a Suécia marcaria mesmo, recorrendo ao futebol direto para a área. Tibbling, também saído do banco, recolheu uma bola à entrada da área e no meio de vários adversários conseguiu encontrar espaço para o remate.
 
Perante um empate que agradava a ambas as equipas, o período de descontos cumpriu-se com um daqueles pactos de não-agressão difíceis de aceitar. Os jogadores portugueses a trocar a bola no seu meio-campo defensivo e os suecos à espera do lado oposto. Até que o árbitro fizesse ouvir-se o apito final.