A União de Clubes Europeus (UEC), nova organização apresentada nesta segunda-feira em Bruxelas, pretende que todos os emblemas profissionais tenham direito de voto nas decisões tomadas pelas altas esferas do futebol a nível continental.

«Tendo em conta a atual situação de governação do futebol europeu, queremos dar voz e representação a todos os clubes profissionais, seja qual for a sua dimensão, e que não tenham direito de voto nas atuais estruturas, nem na decisão do que fazer no futebol europeu», pode ler-se num comunicado publicado no site oficial do organismo que pretende representar cerca de 1.400 clubes que por falharem as três provas europeias organizadas pela UEFA acabam geralmente afastados das decisões.

A UEC, que ainda não tem direção nem estatutos, garante não ter a intenção de ameaçar as maiores instituições do futebol europeu, como aconteceu por exemplo com os fundadores da Superliga. O propósito, garantiu Katarina Piketlovic, uma das responsáveis da associação, é o de ser um «parceiro social» dos clubes. «Também não queremos substituir a Associação de Clubes Europeus (ECA). Queremos sim contrabalançar a influência que os grandes clubes têm, através da ECA, na gestão, finanças e decisões do futebol europeu», assegurou Pijetlovic.

Até esta altura 40 clubes de  25 países já se juntaram à UEC, incluindo o Crystal Palace (Inglaterra), o Sevilha (Espanha), o Sint-Gilloise (Bélgica) e os croatas do Lokomotiv Zagreb.