Ulisses Morais (Naval):
«O Paços apresentou uma estratégia que visava neutralizar o nosso ataque e por isso colocou dois laterais em cada corredor, mais quatro centrais e outros jogadores defensivos, procurando, através do Cristiano e por vezes do Ferreira espreitar algum contra-atque, que acabaram por acontecer depois de cantos a nosso favor. Não é fácil jogar contra uma equipa assim, precisámos de ter muita paciência e inteligência para não entrarmos em desespero e sofrer um golo num contra-golpe. Tentámos desequilibrar, à direita, à esquerda, ao centro, fizemos três golos, mas não sei se algum deles foi legal. Acredito que o último foi limpo. Mas não é por ai. Penso que se tivéssemos marcado, a personalidade do adversário teria mudado e isso faria o jogo virar a nosso favor.»
Paulo Sérgio (P. Ferreira):
«Concordo que não foi um jogo bonito, mas tínhamos uma estratégia que resultou. Conseguimos ficar isolados quatros vezes e mais algumas boas jogadas com remates de longe, só foi pena não termos sido eficazes. Um ponto, frente a um adversário logo acima de nós, mas sobre o qual ficamos com vantagem no confronto directo, é sempre positivo. Não viemos jogar à defesa, tínhamos três jogadores na frente e definimos uma linha clara de pressão, mas não fomos atrás do jogo, porque sabíamos da mais-valia da Naval no ataque.»