Um golo de calcanhar é sempre pretexto para festejos. Já um golo de calcanhar, marcado sem a bota, seria pretexto para cartão amarelo e livre indireto, caso o árbitro estivesse atento. Não esteve, e o golo valeu mesmo, para frustração de todos os que frequentam cursos de arbitragem e que já se depararam com esta típica situação de teste teórico.

Aconteceu num jogo do segundo escalão austríaco, entre o St Polten e o Horn. Logo aos 5 minutos, o avançado do Horn, Thierry Fidjeu, ficou descalço após um duelo a meio-campo. Depois de pedir, em vão, que o árbitro assinalasse falta, o jogador da Guiné Equatorial apercebeu-se de que a jogada tinha prosseguido e optou por aproximar-se da área, mesmo sem tempo para voltar a calçar a bota. E, quando o cruzamento da esquerda lhe foi parar ao caminho, não hesitou: um desvio com o pé descalço, de costas para a baliza, que acabou em golo graças, em boa parte, a um árbitro desatento. Refira-se, entretanto, que o Horn acabou por perder 5-2.

Veja o golo: