Kimiko Date, agora Kimiko Date Krumm fez um regresso fantástico à competição e o Estoril Open faz parte desse momento muito singular na história do desporto. Agora com 38 anos e um ano depois de ter decidio acabar com uma paragem que durou 12(!) anos, a japonesa casada com o piloto alemão Michael Krumm acabou eliminada pela romena Sorana Cirstea na primeira ronda do torneio português (6-2, 1-6 e 6-2), mas a sua história é mais do que apenas resultados.

A muita pressão da alta competição, o casamento e uma nova vida que quis ter levaram-na a abandonar o ténis aos 25 anos, para ser mulher, professora na Universidade, dedicada a causas humanitárias, a trabalhos com crianças. Um ano depois do interregno de 12, Kimiko reconhece que «não é fácil voltar». «Agora tenho 38 anos», lembra.

Mas o nº 4 do ranking que chegou a ser ou as meias-finais dos Grand Slam que disputou não a atormentam: «Não penso muito no antes.» «Para mim tudo mudou», diz quem ainda não se sente muito confiante com a nova realidade da competição: «O WTA é muito duro.» «Tenho sempre um sorteio complicado, azarado, pois jogos sempre com uma adversário do top 50», diz entre sorrisos.

O ténis também está diferente de há uma décad e Kimiko reconhece que «agora é mais potente, mais físico e mais veloz», em suma, «às vezes é mais difícil». Mas não são essas dificuldades que afastam. «Gosto de competir», garante quem já fez a Maratona de Londres e que confessa que esta pressão para voltar voltou a ter origens em forças familiares: «O meu marido convenceu-me a voltar, mesm que perca sempre. Pressionou-me muito para voltar»